março 11, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 31)


HOLA!




THE 80'S MOVIES




"Você gosta de filmes porque é um espectador da vida" (Susan Anspach em "Sonhos de um Sedutor")





Acusados (1988): "Sarah Tobias (Jodie Foster) é estuprada em um bar e, ao denunciar a agressão, defronta-se com dois problemas: seus agressores e o sistema penal, no qual as vítimas de estupro são suspeitas em seus próprios casos".

Comentando: esse drama estrelado por Jodie Foster (que levou o Oscar de melhor atriz) e Kelly McGillis nos faz questionar sobre a nossa visão do sistema penal, mas é meio chatinho. Vale a pena ser visto pela ótima atuação de Foster.

A Lenda de Billie Jean (1985): Kelly Slater (Supergirl) foi uma das musas dos anos 80 e não é pra menos. Eu tiro meu chapéu pra ela, é linda mesmo. Aqui é ela Billy Jean, uma garota normal que se vê metida em uma confusão atrás da outra. Tudo começa quando um riquinho e seus capangas roubam e destroem a mobilete do seu irmão menor. Não conseguindo nada com as autoridades, resolve tirar tudo a limpo com as próprias mãos e obriga o pai do mauricinho a pagar todo prejuízo que tiveram. Só que ele tenta estuprá-la e seu irmão acaba atirando acidentalmente no safado. Eles fogem e acabam descobrindo que estão sendo procurados pela polícia local. Durante a fuga, visita um cineasta amador e grava um vídeo já com os cabelos curtos e cita seu lema que se tornaria sensação em todo país: "Fair is fair". Só que o tal cineasta é filho de um importante procurador e o fato de ele mentir no vídeo quando diz que foi seqüestrado por Billy Jean, só complica mais a situação da garota que se torna uma sensação na mídia e procurada em todo país. Um filme bonzinho e só.

Amadeus (1984): como eu já citei Amadeus no post sobre Oscar, resolvi postar o trecho final da ótima crítica do grande crítico Roger Ebert (Ai! Preguiça de traduzir, sorry!)

"...I have not mentioned the music. There's probably no need to. The music provides the understructure of the film, strong, confident, above all, clear in a way that Salieri's simple muddles only serve to illustrate. There are times when Mozart speaks the words of a child, but then the music says the same things in the language of the gods, and all is clear.

"Amadeus" is a magnificent film, full and tender and funny and charming -- and, at the end, sad and angry, too, because in the character of Salieri it has given us a way to understand not only greatness, but our own lack of it. This movie's fundamental question, I think, is whether we can learn to be grateful for the happiness of others, and that, of course, is a test for sainthood. How many movies ask such questions and succeed in being fun, as well?"



Quero ser grande (1988): quando me recordo desse filme, a minha primeira lembrança é daquela cena do Tom Hanks e seu chefe (Robert Loggia) dançando em cima daquele piano de brinquedo. Acho-a tão mágica como o próprio cinema é. Josh Baskin é um garoto de 12 anos que não consegue impressionar a garota dos seus sonhos e não pode ir para os passeios de "adultos". Josh tenta a sorte num brinquedo chamado Zoltar em um parque de diversões. "I wish I were Big!"... "Your wish is granted". Na manhã seguinte, ele percebe que está adulto e sua mãe (Mercedes Ruehl) quando o vê fica assustada e histérica achando que ele é um bandido que provavelmente deve ter seqüestrado seu filho. Não sabendo como explicar, acaba fugindo. Com a ajuda do seu melhor amigo, tentam achar a tal máquina no parque de diversões, mas esse já foi embora. Resolvem ir para Nova York, mas descobrem que o parque só irá pra lá em seis semanas. Durante esse tempo, Josh (Tom Hanks) arranja um emprego em uma loja de brinquedos. E logo conquistará a admiração de alguns e a inveja de outros ao colocar sua mente criativa infantil no projeto dos brinquedos. É também na MacMillan Toys (a tal loja de brinquedos) que conhece Susan (Elizabeth Perkins) por quem se apaixona. A cena dele pulando na cama elástica é hilária. Mesmo que de uma forma discreta, o filme aborda o olhar de uma criança sobre o mundo adulto e a óbvia perda da inocência. Um filme sensível e divertido. O recente De repente 30 até copiou a idéia de Quero ser Grande, mas definitivamente não tem o seu charme.

A lagoa azul (1980): duas crianças e um velho se salvam de um naufrágio e se abrigam em uma ilha deserta. Com o tempo, o velho marinheiro morre e as crianças crescem e é na juventude que um começa a descobrir o outro como homem e mulher. As paisagens do filme são belíssimas e pros marmanjos a melhor paisagem é a beleza incrível de Brooke Shields. Há umas cenas que lembro bem: quando ela pisa em um peixe com espinhos que expelem veneno, os tambores do lado proibido da ilha, os pedaços de pano que viraram roupas, a casa feita de modo rudimentar, o final quando o casal e o filho deles estão no barco e comem aquela frutinha. Um filme bonitinho quando eu era pirralha; insosso hoje em dia.

A escolha de Sofia (1982): "Em 1947 Stingo (Peter MacNicol), um jovem aspirante a escritor vindo do sul, vai morar no Brooklyn na casa de Yetta Zimmerman (Rita Karin), que alugava quartos. Lá conhece Sofia Zawistowska (Meryl Streep), sua vizinha do andar de cima, que é polonesa e fora prisioneira em um campo de concentração e Nathan Landau (Kevin Kline), seu namorado, um carismático judeu dono de um temperamento totalmente instável. Em pouco tempo tornam-se amigos, sendo que Stingo não tem a menor idéia dos segredos que Sofia esconde, nem da insanidade de Nathan"


Comentando: Um filme que realmente nos faz chorar, mas não pensem que nos arranca lágrimas fáceis, porque não tem nada de melodrama ou sentimentalismos (E aquela trilha do Marvin Hamlish ajuda pra caramba nas lágrimas). Ótima atuação do elenco, principalmente a excepcional perfomance de Merly Streep. Faz uma análise das conseqüências físicas, mentais e morais da atrocidade das guerras.





Tex - um retrato da juventude (1982): "Baseado na obra de S.E. Hilton, uma autora de livros para jovens, Tex é um filme sensível e comovente, um retrato fiel dos desafios vividos por um adolescente de 15 anos (Matt Dillon) que, através do relacionamento com os irmãos, os amigos e a namorada, vai aprendendo a arte de viver". (Studio Video)

Comentando: um filme bem bonitinho que marca a estréia de Matt Dillon que aqui é Tex, um garoto apaixonado por cavalos, que tem problemas com disciplina na escola e que, através das relações com as pessoas ao seu redor, vai começando descobrir a si mesmo.

O último metrô (1980): Catherine Deneuve estrela esse filme que é uma das últimas obras do mestre Truffaut. Na França ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra, a atriz Marion Steiner (Deneuve) se vê obrigada a se separar do seu marido Lucas (Heinz Bennent), um grande teatrólogo alemão de origem judaica. Todos pensam que ele fugiu, mas ele se esconde no porão do seu teatro. Para facilitar sua fuga, Marion dá continuidade à montagem de uma peça e contrata um ator para interpretar o protagonista. Bernard Granger (Gerard Depardieu) é o escolhido e enquanto ensaiam a peça vão se sentindo envolvidos um pelo outro. Mas todos os eventos estão sendo vistos e analisados por Lucas que se encontra escondido no seu próprio teatro. Ele mesmo dirige clandestinamente a peça dando instruções a sua esposa. Por um buraco, ele ouve o real e o fictício. Assiste ao espetáculo e à sua própria vida se definhando. Ao usar esse triângulo amoroso como pano de fundo, Truffaut faz, com sensibilidade, uma metáfora da Paris ocupada e as conseqüências da guerra na vida das pessoas. Se em A Noite Americana ele faz uma declaração de amor ao cinema, aqui o teatro recebe sua homenagem.

Encontrei um texto perdido pela net que disseca, muito melhor que eu, essa pequena obra-prima de Truffaut:

"Assim como a cidade ocupada que luta clandestinamente contra o invasor, o Teatro Montmartre é também um local de contrastes. Truffaut ambientou sua metáfora sobre a Ocupação em grande parte na penumbra. O enredo é pontuado pelas passagens da sombra para a luz e vice-versa, que acompanham as visitas de Marion ao seu marido no porão e, de certa maneira, todo o elenco da peça. Quando a luz se acaba e a noite chega, revelam-se os locais clandestinos, novos personagens, novas esperanças. Além disso, todos os personagens principais escondem um segredo, que acaba revelado ao espectador no momento certo. Enfim, para tudo – ou quase tudo – há um duplo sentido. Apesar de o enredo se passar quase sempre dentro do teatro, a Ocupação e o espírito que dominou os franceses resistentes está presente em muitos detalhes. Como quando a mãe de Jaquot lava a cabeça do garoto só porque ele recebeu um afago de um oficial alemão. Ou então nas freqüentes alusões ao anti-semitismo, ou ao mercado negro, uma das poucas formas de conseguir mantimentos de qualidade, ou até mesmo aos roubos e saques. Truffaut foi ainda impecável na reprodução das transmissões de rádio da época, bem como das canções e até mesmo dos jornais, revelando um atmosfera sempre muito tensa. Finalmente, Marion, a personagem principal do enredo, está dividida entre dois mundos: o real, tenso e à mercê dos caprichos dos alemães, onde se mostra cada vez mais perturbada pelo amor que começa a sentir por Bernard, e o clandestino, no porão do Teatro Montmartre, onde esconde seu marido. Por isso O Último Metrô é um dos melhores filmes de François Truffaut. Com enredo denso e atmosfera cercada de tensão e mistério, foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e recebeu dez prêmios César (o "Oscar" francês), um recorde. Um filme importante, para engrandecer a sua coleção".(Revista do DVD)

A insustentável leveza do ser (1988): "Nos anos 60 em Praga, Tchecoslováquia, Tomas (Daniel Day-Lewis), um médico totalmente apolítico, tem como hobby ter diversas parceiras sexuais, mas evitando sempre um maior envolvimento. Mas duas mulheres: Sabina (Lena Olin), uma artista plástica, e Tereza (Juliette Binoche), uma garçonete que sonha em ser fotógrafa, vão estar muito presentes na vida dele. Mas ao serem atingidos pelos acontecimentos de 1968, conhecido como "A Primavera de Praga", quando tanques soviéticos invadiram a capital tcheca para pôr fim a uma série de protestos, a vida deste triângulo amoroso é afetada, pois seus sonhos foram destruídos e suas vidas mudariam para sempre".

Comentando: uma ótima adaptação para o cinema que consegue transpor, através da direção segura do Philip Kaufman e das ótimas atuações do trio Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche e Lena Olin, toda sensualidade e todo contexto histórico e social do livro.



Ran (1985): Kurosawa é um dos meus diretores prediletos. Ele é o deus da pintura cinematográfica, porque é como se ele conseguisse dar dinamismo, movimento a um Van Gogh ou a um Monet. Mas não é só a estética dos seus filmes que é perfeita, Kurosawa é um ótimo contador de histórias com seus contos profundos e reflexivos. Nesse filme, ele adapta o clássico Rei Lear de Shakespeare no Japão feudal. Um envelhecido samurai doa seu reino para seus três filhos. O mais novo dos herdeiros recusa e é deserdado e exilado das terras do samurai. Os dois mais velhos aceitam a herança, mas rejeitam o pai. O filme adapta fielmente a obra de Skapespeare sobre a fragilidade humana em busca do poder e a ganância, a inveja e a insanidade conseqüentes. Uma obra-prima em todos os sentidos. Sensível e reflexivo.



Os Intocáveis (1987): "Na Chicago dos anos 30, o jovem agente Eliot Ness (Kevin Costner) tenta acabar com o reinado de terror e corrupção instaurado pelo gângster Al Capone (Robert De Niro). Para isso, ele recruta um pequeno time de corajosos e incorruptíveis homens, dispostos a levar a tarefa a cabo".

Comentando: a cena clássica das escadas (uma homenagem à mesma cena de O Encouraçado Potenkim do russo Sergei Eisenstein), o elenco excelente e coeso, com destaque para Sean Connery que abocanhou o Oscar de melhor ator coadjuvante, a direção segura de Brian De Palma e a soberba trilha orquestrada pelo mestre Ennio Morricone fazem desse filme um dos melhores filmes sobre a Máfia (obviamente está atrás do Scarface original e dos dois primeiros Poderoso Chefão e do excelente Era Uma Vez na América). Costner tonrou-se um grande astro nos anos 80 e também estrelou o interessante thriller Sem Saída em 1987.



O Nome da Rosa (1986): "Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado".

Comentando: F. Murray Abraham versus Sean Connery. Bom embate, não? Uma boa adaptação do best seller de Humberto Eco, com uma ótima reconstituição da época.

Paris, Texas (1984): como já falei desse filme quando citei os vencedores do Festival de Cannes, vou postar essa crítica da minha quase conterrânea Greice Schneider do ótimo site Claque. Lutti essa é pra você...

"As primeiras cenas de Paris, Texas oferecem de imediato o clima que percorre o filme de Wim Wenders. Um deserto rochoso é mostrado em plano geral sob uma música que remete aos velhos western americanos. Um homem, sozinho, de terno surrado, boné vermelho e semblante grave vagueia no meio do nada. Apesar de não sabermos ainda quem ele é, nem o que faz ali, os minutos iniciais do filme já nos inserem em uma atmosfera de aridez, solidão, desolação.

A descoberta da identidade do peculiar homem errante (Harry Dean Stanton) se dá aos poucos, com a típica e devida parcimônia que Wenders impõe aos seus filmes: sem que o personagem sequer abra a boca, deduzimos que ele não pertence ao deserto, somos informados que ele tem um irmão chamado Walt que mora em Los Angeles, que ele se chama Travis e que está desaparecido há quatro anos. Walt vai buscá-lo e o leva à Los Angeles em uma longa viagem na qual Travis se mantém mudo, disperso e consternado. Apenas a menção a duas pessoas parecem o despertar para o mundo: a de seu filho Hunter (que está sob os cuidados de Walt e sua esposa Anne) e a da mãe dele, Jane (Nastassja Kinski), que também desapareceu.

Paris, Texas conta a trajetória de Travis na tentativa de recuperar seus laços afetivos após ter renunciado à sua vida social e fugido em direção ao deserto por tanto tempo, "perdido, em um país enorme, onde ninguém o conhecesse, num lugar sem língua ou ruas", como o próprio personagem explica. É um filme sobre a incomunicabilidade humana apresentando uma série de encaixes e desencaixes afetivos de maneira econômica, sutil, com poucos diálogos e sem exageros. Gradualmente, investimos nossa simpatia em um personagem praticamente alheio à vida social, que parece ter perdido a memória, que pouco fala, e que abandonou o filho.

Só nos deixamos cativar mesmo por Travis quando ele reencontra Hunter e nos mostra, meio que sem jeito e com a ajuda do garoto, que merece a condição de pai. Seja através de uma furtiva troca de olhares durante a projeção de um antigo filme de família em Super-8, ou quando Travis se esforça em ser um pai ideal, perguntando à empregada hispânica como um pai costuma trajar-se e portar-se, ou ainda na definidora cena em que Hunter finalmente volta da escola caminhando com Travis, um de cada lado da rua. Cheias de lirismo e ternura, são essas cenas que nos fazem gostar de Travis e torcer por ele, a ponto permitirmos sem maiores problemas que o pequeno Hunter o acompanhe em busca de Jane, em uma outra viagem pelas terras americanas.

O encontro entre Jane e Travis, quando este descobre que a mãe do seu filho trabalha em um peep show remonta o passado e reafirma os desencaixes. O lugar escolhido não podia ser mais adequado. Além das circunstâncias perturbadoras em que se dá o reencontro, os limites do espaço proporcionam o funcionamento da cena mais comovente do filme: o vidro da cabine do peep show funciona como barreira, impedindo o contato direto entre os dois. Travis pode ver Jane, mas o contrário não é possível, de modo que ela pense que Travis é apenas mais um cliente. Ela olha para seu próprio reflexo e conversa com um homem cuja voz não identifica e que, com o rumo da conversa, vai descobrindo ser de Travis. O fato de não se verem face à face ressalta a condição irremediável em que o casal se encontra, em uma cena de reconhecimento triste interpretada na medida certa.

O tema da solidão, a contenção dramática e a economia narrativa justificam um filme lento. Os planos longos, com muitos silêncios e pouca ação dão o tempo necessário para absorver as imagens e se envolver com a história. O violão acústico de Ry Cooder (slide guitar blues) se encaixa da mesma forma, entrando no tom do filme (seja com um blues solitário, como quando Travis está no deserto, ou com scores melódicos, quando ele está com Hunter).

As externas em vários lugares dos Estados Unidos configuram um road movie, uma das marcas autorais de Wim Wenders. No percurso de Mojave a Los Angeles e depois a Houston, a paisagem ocupa um espaço privilegiado, com o uso de planos abertos e panorâmicas. Mesmo quando Travis está na casa de seu irmão, é no quintal com vista para a cidade que se passam a maioria das cenas. A andança do protagonista acaba nos mostrando, assim, o olhar de Wenders sobre os Estados Unidos.

O próprio título do filme é também uma menção a um desses lugares. Paris é o lugar no Texas onde Travis foi concebido pelos pais. É o lugar onde Travis comprou um lote, no meio do deserto, e cuja fotografia é uma das únicas lembranças que carrega. O lugar onde tudo começou".

O campo dos sonhos (1989): um filme que usa o baseball como pano de funo para dissecar a relação entre pais e filhos, além de versar sobre a importância que devem ter os sonhos em nossas vidas. Jovem fazendeiro (Costner) recebe mensagem do além para transformar sua plantação em quadra de baseball, onde famoso jogador já morto "Shoeless Joe" (Ray Liotta), maior ídolo do seu falecido pai, deverá retornar para jogar novamente. Enquanto constrói obstinadamente a quadra, encontra várias personalidades já desaparecidas. Atuações impecáveis (também o que esperar de James Earl Jones e o fabuloso Burt Lancaster?), uma bela fotografia e uma trilha comovente (James Horner).


Digno de nota: Um ator que se destacou bastante nos anos 80 foi o sempre eficiente William Hurt. Em Corpos Ardentes (1981) é um advogado medíocre até encontrar a personagem de Kathleen Turner e se envolverem intensamente (putz, as cenas de sexo eram de cair o queixo!). Juntos confabulam matar o marido dela. Um filme tipicamente noir que marca a estréia na direção de Lawrence Kasdan. Além de ganhar o Oscar em O Beijo da Mulher Aranha em 1985 (no qual também atuava com sua namorada na época a atriz brasileira, eterna Gabriela, Sônia Braga e dirigido por Hector Babenco), também foi indicado pelo belo filme Filhos do Silêncio (1986) e pelo ótimo Nos bastidores da Notícia (1987) de James L. Brooks (Laços de Ternura) que aborda muito bem o universo jornalístico.


Termino esse post com a imagem de uma das cenas mais fodas da história do cinema. Paris, Texas, uma obra-prima.






Obs: Agradeço ao site Adoro Cinema pelas sinopses gentilmente roubadas.



HASTA!