fevereiro 23, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 23)


HOLA!



THE 80'S MOVIES



Amem ou odeiem, todos nós falamos do Oscar. Queira ou não, essa premiação é a maior vitrine do cinema mundial e é a grande chance de um filme melhorar ou se dar bem nas bilheterias. Eu não perco uma premiação desde 1985, mas à medida que vamos crescendo, outras premiações nos aparecem até mais interessantes que o Oscar como é o caso do Festival de Cannes. Mas se de um lado o Oscar tendencia para os filmes melodramáticos, para o Holocausto e personagens autobiográficos ou com alguma deformidade física ou distúrbio psíquico, Cannes é bairrista ao extremo. Acho que ela rotulou de tal forma "o quero ser diferente" que não dá pra entender como o documentário de Michael Moore poderia ter ganho a Palma de Ouro e olha que uma produção americana vencer, nos dias atuais, já é um milagre em tanto. Mas queira ou não, Cannes também é uma excelente vitrine para filmes , que em um país como o nosso dominado pelos enlatados americanos, passariam completamente despercebidos.

Vencedores da Palma de Ouro do Festival de Cannes:

1980: Kagemusha, Akira Kurosawa (Japão) e All that jazz, Bob Fosse (EUA)
1981: O Homem de Ferro, Andrzej Wajda (Polônia)
1982: Desaparecido, um grande mistério, Costa-Gavras (EUA) e Yol, Yilmaz Guney (Turquia)
1983: A Balada de Narayama, Shohei Imamura (Japão)
1984: Paris-Texas, Wim Wenders (República Federal da Alemanha)
1985: Quando Papai saiu em Viagem de Negócios, Emir Kusturica (Iugoslávia)
1986: A Missão, Roland Joffé (Grã-Bretanha)
1987: Sob o Sol de Satã, Maurice Pialat (França)
1988: Pelle, o Conquistador, Bille August (Dinamarca)
1989: Sexo, mentiras e Videotape, Steven Soderbergh (EUA)

Vencedores do Oscar de melhor filme:

1980: Kramer vs Kramer
1981: Gente como a gente
1982: Carruagens de fogo
1983: Gandhi
1984: Laços de ternura
1985: Amadeus
1986: Entre dois amores
1987: Platoon
1988: O último imperador
1989: Rain Man




Kramer vs Kramer (1979): "Ted Kramer (Dustin Hoffman) é um profissional para quem o trabalho vem antes da família. Joanna (Meryl Streep), sua mulher, não pode mais suportar esta situação e sai de casa, deixando Billy (justin Henry), o filho do casal, com Ted, que tudo faz para poder educá-lo, trabalhando e fazendo as tarefas domésticas. Quando consegue ajustar seu trabalho a estas novas responsabilidades, Joanna reaparece exigindo a guarda da criança. Ted porém se recusa e os dois vão para o tribunal lutar pela custódia de Billy".

Comentando: um belo e sensível filme, com ótimas atuações, mas altamente superestimado. Como é que Apocalipse Now perdeu dele?

Gente como a gente (1980): "Uma família passa por um doloroso processo quando o primogênito morre. Após uma tentativa de suicídio, o caçula da família (Timothy Hutton) passa a receber acompanhamento psicológico e descobre várias coisas sobre si mesmo e sua relação com os pais. Dirigido por Robert Redford (Lendas da Vida) e com Donald Sutherland e Mary Tyler Moore no elenco. Vencedor de 4 Oscars".

Comentando: Um belo drama que consegue emocionar sem ser piegas e que conta com excelentes atuações. Mas aqui pra nós, Touro Indomável é bem melhor. Também esse ano estava meio foda, outro indicado era o ótimo O Homem-elefante. Vencedor de 4 Oscars: melhor filme, melhor diretor para Robert Redford (a Academia adora premiar "atores-diretores"), melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Timothy Hutton.

Carruagens de fogo (1981): "Os melhores atletas da Inglaterra iniciam sua busca da glória nos jogos olimpicos de 1924. O sucesso honra sua pátria. Para dois corredores, a honra em questão é pessoal... e o desafio vem de dentro de cada um deles. Vencedor de 4 Oscar® em 1981, incluindo melhor filme, "Carruagens de Fogo" é a cativante história real de Harold Abrams, Eric Liddell e da equipe que trouxe para a Grã-Betanha uma de suas maiores vitórias no esporte. Ben Cross, Ian Charleson, Nigel Havers, Nicholas Farrell e Alice Krige atuaram muito bem em seus primeiros papéis num filme de primeira linha sob a direção de Hugh Hudson. O produtor David Puttnam combinou esses talentos para criar um filme de impacto único e duradouro. Com suas inigualáveis tomadas da competição e sua trilha sonora vencedora de um Oscar® assinada por Vangelis, este filme marcou definitivamente seu lugar no coração daqueles que amam o cinema em qualquer parte do mundo" (2001 Vídeo).

Comentando: um filme belíssimo, emocionante e com uma das melhores trilhas sonoras da história do cinema.

Gandhi (1982): a história verídica do líder pacifista indiano, Mahatma Gandhi,assassinado em 1948.

Comentando: uma das mais perfeitas atuações da história do cinema, Ben Kingsley é Gandhi ou Gandhi é Ben Kingsley?

Laços de ternura (1983): "Aurora (Shirley MacLaine), uma viúva, e Emma (Debra Winger), sua filha, apesar de se amarem tem uma relação conflituosa. Entretanto, tudo muda quando a filha descobre que está com câncer e, ao mesmo tempo, toma consciência de que foi traída por Flap (Jeff Daniels), seu marido. Simultaneamente sua mãe após anos passa a se interessar por Garrett Breedlove (Jack Nicholson), um vizinho paquerador".

Comentando: James L. Brooks dirige de forma competente esse belo filme sobre dramas familiares com ótimas atuações, mas altamente superestimado.

Amadeus (1984): "Após tentar se suicidar, Salieri (F. Murray Abraham) confessa a um padre que foi o responsável pela morte de Mozart (Tom Hulce) e relata como conheceu, conviveu e passou a odiar Mozart, que era um jovem irreverente mas compunha como se sua música tivesse sido abençoada por Deus".

Comentando: todos os elementos cinematográficos (fotografia, trilha sonora, direção de arte, figurino etc) conspiram para formar essa obra-prima do cinema que conta com com um elenco fenomenal e inspiradíssimo. Como tornar a tão difícil música clássica algo acessível e ir além desta ao falar de sentimentos inerentes ao ser humano como a inveja e o despeito? Intrigas, paranóias, tudo é uma forma de morrer lentamente... O que mais doía em Salieri não era Mozart ser mais famoso e adorado, mas o fato de que ele, profundo conhecedor de música, ratificar o talento inigualável de Mozart e odiá-lo por admirá-lo. Depois de Um Estranho no Ninho e Amadeus, eu posso dizer: Milo Forman é um gênio!

Entre dois amores (1985): "Nos anos 20, Karen Blixen (Meryl Streep), uma rica dinamarquesa, vai morar em uma fazenda de café no Quênia com Bror Blixen-Finecke (Klaus Maria Brandauer), um barão com quem se casou por conveniência. Sendo mais amigos que amantes, o casal acaba se separando e enquanto ele vai embora ela continua trabalhando e se adaptando ao novo lar. Até que conhece Denys Finch Hatton (Robert Redford), um aventureiro e aristocrata inglês com quem tem um forte envolvimento e se torna o grande amor da sua vida".

Comentando: uma belíssima história de amor dirigida por Sidney Pollack e com atuações marcantes de todo seu elenco. Destaque para a bela fotografia e a memorável trilha sonora.

Platoon (1986): "Chris (Charlie Sheen) é um jovem recruta recém-chegado a um batalhão americano, em meio à Guerra do Vietnã. Idealista, Chris foi um voluntário para lutar na guerra pois acredita que deve defender seu país, assim como fez seu avô e seu pai em guerras anteriores. Mas aos poucos, com a convivência dos demais recrutas e dos oficiais que o cercam, ele vai perdendo sua inocência e passa a experimentar de perto toda a violência e loucura de uma carnificina sem sentido".

Comentando: Oliver Stone conduz com brilhantismo seu elenco e nos mostra de forma impecável os horrores da guerra de uma forma crua e nua. É um dos poucos filmes que admitem que os americanos não são os heróis. Uma frase de Willem Dafoe resume tudo: "Já fodemos com tantos países, acho que agora é hora de pagarmos".

O último imperador (1987): "A saga de Pu Yi (John Lone), o último imperador da China, que foi declarado imperador com apenas três anos e viveu enclausurado na Cidade Proibida até ser deposto pelo governo revolucionário, enfrentando então o mundo pela primeira vez quando tinha 24 anos. Neste período se tornou um playboy, mas logo teria um papel político quando se tornou um pseudo-imperador da Manchúria, quando esta foi invadida pelo Japão. Aprisionado pelos soviéticos, foi devolvido à China como prisioneiro político em 1950. É exatamente neste período que o filme começa, mas logo retorna a 1908, o ano em que se tornou imperador".

Comentando: Tenho que admitir que só consegui ver esse filme depois da nona tentativa, o sono sempre falava mais forte. Todavia lá pela décima vez, consegui captar toda beleza, sensibilidade e magia da cultura oriental que Bertolucci quis nos contar.

Rain Man (1988): "Um jovem yuppie (Tom Cruise) fica sabendo que seu pai faleceu. Eles nunca se deram bem e não se viam há vários anos, mas ele vai ao enterro e quando vai cuidar do testamento fica sabendo que herdou um Buick 1949 e as roseiras premiadas do seu pai, sendo que um "beneficiário" tinha herdado três milhões de dólares. Fica curioso em saber quem herdou aquela fortuna e descobre que foi seu irmão (Dustin Hoffman), que ele desconhecia a existência. O irmão dele é autista, mas pode calcular problemas matemáticos complicados com grande velocidade e precisão. O yuppie seqüestra seu irmão autista da instituição onde ele está internado, pois planeja levá-lo para Los Angeles e exigir metade do dinheiro, nem que para isto tenha que ir aos tribunais. É durante uma viagem cheia de pequenos imprevistos que os dois se compreenderão mutuamente e entenderão o significado de serem irmãos".

Comentando: Uma atuação brilhante de Dustin Hoffman altamente merecedora do Oscar. Um belíssimo filme cujo foco são seus personagens e seus sentimentos sempre ambíguos. A grandeza de um ser humano realmente está em pequenas coisas.

Entrando de gaiato nessa lista, tem o vencedor do Oscar de 1990, mas já que foi feito nos anos 80, não poderia esquecê-lo, né?



Conduzindo Miss Daisy (1989): "Atlanta, 1948; Uma rica judia de 72 anos (Jessica Tandy) joga acidentalmente seu Packard novo em folha no jardim premiado do seu vizinho. O filho (Dan Aykroyd) dela tenta convencê-la de que seria o ideal ela ter um motorista, mas ela resiste a esta idéia. Mesmo assim o filho contrata um afro-americano (Morgan Freeman) como motorista. Inicialmente ela recusa ser conduzida por este novo empregado, mas gradativamente ele quebra as barreiras sociais, culturais e raciais que existem entre eles, crescendo entre os dois uma amizade que atravessaria duas décadas".

Comentando: Belíssimo filme sobre o valor de uma verdadeira amizade que fica muito mais verossímil devido a química perfeita entre a magnífica Jessica Tandy e o excelente Morgan Freeman.



All that jazz (O show deve continuar, 1979): "Joe Gideon (Roy Scheider é um diretor de cinema e coreógrafo mulherengo, que trabalha simultaneamente na edição de seu filme e nos ensaios de um musical. Nisto ele sofre um enfarte e, com a vida por um fio, revê momentos da sua vida, transformando-os em sua imaginação em números musicais. Sua atenção é disputada por 4 mulheres: sua namorada, a ex-esposa, a filha e a Morte, representada por uma bela loira vestida de branco, que conversa com ele de forma bem instigante".

Comentando: Vencedor da Palma de Ouro e indicado ao Oscar melhor filme. Ganhou 4 Oscars: melhor trilha sonora, melhor direção de arte, melhor figurino e melhor edição. Esqueçam Chicago, um dos melhores musicais que já vi.

Kagemusha, a sombra de um samurai (1980): "À beira da morte, um poderoso senhor ordena que seus súditos achem um sósia seu para lutar e evitar um ataque de seus inimigos. Dirigido por Akira Kurosawa (Ran). Recebeu 2 indicações ao Oscar".

Comentando: Dividiu a Palma de Ouro com All that Jazz. Fantástico! Pra não ser redundante, mais um filme de Kurosawa.

O Homem de ferro (1981): "Jornalista dedo-duro se infiltra no sindicato a fim de delatar um dos líderes do movimento democrático, cujo pai fora o protagonista de O Homem de Mármore" (Contracampo).

Comentando: O filme aborda o choque entre o indivíduo e o Estado numa Polônia pós-guerra. Se você não conhece nenhum título da vasta filmografia do talentosíssimo diretor polonês Andrzej Wajda, vá pra locadora agora. Dicas: "Cinzas e diamantes", "A Vingança", "Terra Prometida", "Bodas", "O homem de mármore", além do filme em questão. Em 2000, recebeu um Oscar pelo conjunto de sua obra.

Desaparecido - Um Grande Mistério (1982): "Jack Lemmon teve uma de suas melhores interpretações dramáticas. Ele faz o papel - baseado em um personagem real - de um americano mediano, apolítico e crente no bom funcionamento das instituições cujo filho desaparece logo após o sangrento golpe de estado de Pinochet no Chile." (Estadão)

Comentando: Costa-Gavras dirige de forma impecável essa brilhante denúncia à violenta repressão militar durante a ditadura do General Pinochet no Chile.

Yol (1982): como eu não vi esse filme turco que dividiu o prêmio com o ótimo Desaparecido, vou colocar uma crítica que encontrei na revista SET:

"Mesmo depois de receber a Palma de Ouro em Cannes em 82, muitos críticos creditam a direção do filme, ainda, apenas a Gören. Mas o grande feito na realização de Yol é de Güney, que escreveu o roteiro e deu as principais coordenadas de comando de dentro da prisão da Turquia. Depois de conseguir fugir de lá e que pôde concluir seu projeto com a ajuda de laboratórios de Paris e Genebra. Como os protagonistas do filme são presidiários em semi-liberdade (que podem sair por uns dias, eventualmente), a obra quase que se revela de caráter autobiográfico, um depoimento, um desabafo sobre a realidade turca. Este, sem dúvida, foi o grande motivo da premiação de Yol em Cannes: os impasses de sua produção não impedindo a expressão artística e crítica. Não que o filme não merecesse a Palma sem este fator. Apenas de narrativamente simples e objetivo, trata-se de obra de beleza e sinceridade quase poética. Sente-se, mais que nunca, a alma turca. Acompanhando alguns desses prisioneiros numa das saídas permitidas, em especial um que procura mulher e filhos, Yol oferece um retrato impiedoso e seco da miséria da vida comum, onde até a natureza castiga, sem nunca deixar de revelar o lado humano e tradicional da Turquia, presente em costumes por vezes incompreensíveis e melodias típicas, que norteiam a narrativa. Recorre-se até a uma possibilidade dramática que os filmes americanos usam quando da falta de assunto (o que não é o caso aqui): pincelar imagens retratistas, deixando uma música desfilar como um quase clip. Isso confere sedyução intimista ao filme. Ele é produto típico de nações feridas: lento, purgente, visceral e cruel. As imagens são inesquecíveis, ainda mais com o aparte de Güney: isso acontece em qualquer lugar" (Christian Petermann).

A Balada de Narayama (1983): "Fim do século XIX, em meio à pobreza e miséria que causavam guerras e emigração para terras estrangeiras, em algumas regiões do Japão, numa luta dura pela sobrevivência, instituí-se uma tradição amarga: ao completar 70 anos de idade, os moradores dos humildes vilarejos deveriam subir ao topo da montanha local, uma região sagrada e, como elefantes velhos, deveriam esperar pela hora da própria morte, sozinhos".

Comentando: Do mesmo diretor de A Enguia (1997), Shohei Imamura nos presenteia com essa pequena obra-prima.

Paris, Texas (1984): "Um homem (Harry Dean Stanton) é encontrado exausto e sem memória, em um deserto ao sul dos EUA. Aos poucos ele vai se recordando de sua vida, sendo acolhido pelo irmão Walt (Dean Stockwell), que é casado com Anne (Aurore Clément). Com eles vive também Alex (Hunter Carson), filho do homem sem memória, que aos poucos volta a se identificar com o pai".

Comentando: o melhor road-movie e um dos mais belos filmes que já vi. Tentei revê-lo, mas não tem no formato de DVD. Naquela atmosfera de aridez, solidão, um homem vagueia sem destino. Uma foto e uma lembrança. Paris, Texas - onde tudo começou. Reencontro...Olhares e gestos que falam por mil palavras. É como se os quadros de Edward Hopper se transplantassem para a tela, tomassem vida... Triste, melancólico, lírico... O nosso vazio existencial e nossas fugas... Cara a cara frente a um espelho... Maternidade e Paternidade... Hunter... Um dos abraços mais lindos da história do cinema.

Quando Papai saiu em Viagem de Negócios (1985): "Comunista iugoslavo é preso depois da briga entre Tito e Stálin em 1948. Seu filho pequeno acredita que ele está numa viagem de negócios".

Comentando: Putz, vi há tanto tempo. Saudade da minha locadora em Aju city que tem tudo que é filme que você imaginar e por preços bacaninhas. Belíssimo filme do diretor Emir Kustusrica, que apesar da abordagem política, se revela um drama familiar sensível e metafórico.

A Missão (1986): "Gabriel é um jesuíta espanhol que decide ir à América de Sul para construir uma missão e levar o cristianismo aos índios. Em sua companhia, viaja o ex-traficante de escravos Mendoza, convertido depois de ter matado o próprio irmão. Depois de anos e de muito trabalho, o território onde está localizada a missão passa a ser domínio de Portugal, e os missionários têm de enfrentar os ataques lusitanos. É então que vem à tona a faceta mais violenta da personalidade de Mendoza. Épica reconstituição histórica, a produção ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar de Melhor Fotografia. Também levou o Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora Original (Ennio Morricone) e Melhor Roteiro".

Comentando: Não só de Holocausto viveu o mundo. Em nome de Deus, ou seja lá quem for, muitos sofreram tanto com os inquisidores como os mercenários e jesuítas que desbravavam as novas terras e "catequizavam" os índios. Humilhação, escravidão e perversidade. Um genocídio praticado pelos povos europeus e aceito pela Igreja. Jeremy Irons e Robert De Niro nos presenteiam com atuações brilhantes em um filme sensível, honesto e de grande valor histórico.

Sob o Sol de Satã (1987): pelo que eu entendi ao ler algumas críticas, esse filme aborda os mistérios da fé na figura de um padre interpretado por Gerard Depardieu. O marquês de Cardigan é assassinado por sua amante de 16 anos. Ela se refugia junto ao rígido padre Dossignan (Depardieu), que acreditava ser a menina uma tentação do diabo. Falar de um filme que não vi? Putz, sorry! Mas dando uma de Fredy, acho que deve ser bom porque o diretor Maurice Pialat tem uma filmografia interessante (Van Gogh, Nós não envelheceremos juntos, A infância nua), além de Gerard Depardieu ser um grande ator, apesar de que quando o filme ganhou a Palma de Ouro foi recebido no palco com muitas vaias. Talvez seja a questão religiosa abordada que não tenha agradado ao público conservador. Bem, não sei!

Pelle, o Conquistador (1988): "O filme, baseado no livro de Martim Anderson Nexo intitulado Infância, retrata a luta de dois imigrantes suecos -pai e filho- que tentam a sorte na Dinamarca, no final do século XIX.
Enfrentando a discriminação dos dinamarqueses, Pelle e seu envelhecido pai, conseguem apenas um emprego mal remunerado e péssimas acomodações numa fazenda, onde vivem um cotidiano freqüentemente cruel, num universo bizarro de camponeses, patrões e mulheres infelizes. O ator Pelle Hvenegaard -- que tinha 13 anos à época -- foi escolhido entre duas mil crianças. Seu nome coincide com o do personagem porque sua mãe leu o livro durante a gravidez. O filme recebeu tanto a Palma de Ouro em Cannes, quanto o Oscar de filme estrangeiro, feito antes só alcançado por Ran de Akira Kurosawa."

Comentando: Um filme belíssimo, sensível e emocionante (Nossa! Estou parecendo aqueles carinhas que enchem os posters dos filmes de bajulações :P). Falando sério, quem não se apaixona pelo Pelle? Max Von Sydow, pra variar, em uma atuação impecável.

Sexo, Mentiras e Videotape (1989): "Um advogado (Peter Gallagher) enfrenta problemas de caráter sexual com sua mulher (Andie MacDowell) e tem um caso com a cunhada (Laura San Giacomo), mas algo acontece com a chegada de um amigo (James Spader) de infância do marido, que grava em vídeo o depoimento de mulheres que falam da vida sexual que levam".

Comentando: Soderbergh estréia com pé direito na direção desse filme que ganhou a Palma de Ouro do festival de Cannes de 1989. Um filme irresistivelmente cínico e instigante, mas ainda assim superestimado.


Obs: Grande parte das sinopses foram gentilmente copiadas do site Adoro Cinema . Valeu!

Alguém chegou até aqui???? Chegou? Chegou ou não? PARABÉNS!!

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HASTA!