março 23, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 37)


HOLA!





THE 80'S MOVIES





"I see dead people"




Alien, o oitavo passageiro (1979): Ridley Scott aqui esconde o inimigo até o último momento, criando um clima claustrofóbico e de tensão freqüentes nessa ótima mescla de suspense e ficção científica. Sigourney Weaver é a Tenente Ripley, uma dos setes tripulantes de uma nave que está voltando para a Terra. Um dos tripulantes é atacado por uma criatura. Outro tripulante para ajudar o companheiro, quebra as regras deixando algo proibido entrar na nave. Assim tudo começa a dar errado e agora o alien está à solta dentro da nave.

Aliens, o resgate (1986): o segundo filme da franquia foi dirigido por James Cameron e deixa de lado o suspense e se torna um filme de ação de primeira. Ripley (Weaver), depois de 57 anos de sono, resolve salvar várias famílias depois que descobre que o antigo local onde tudo ocorreu com sua nave foi colonizado.

As bruxas de Eastwick (1987): dirigido pelo mesmo diretor de Mad Max (George Miller), que aqui faz uma deliciosa comédia de humor negro que conta a história de três solteironas solitárias (as beldades Michelle Pfeiffer, Cher e Susan Sarandon - Só em filme mesmo!). Entediadas com suas vidas, reúnem-se para tomar todas e para conversar sobre suas frustrações e anseios, além de pedir aos céus um homem ideal. Coincidência ou não (será que elas têm poderes e evocaram aquele homem?), surge o ricaço misterioso e sedutor Daryl Van Horne (Jack Nicholson) que se envolve com as três, satisfazendo todos seus desejos mais íntimos, o que causará um conflito entre elas. Um filme sarcástico e com ótimas atuações.

A marca da pantera (1982): Malcom McDowell aqui é irmão da Nastassja Kinski que descobre que pertence a uma raça diferente. Sua verdadeira origem é uma mistura entre o ser humano e a pantera, já que seus antepassados participavam de rituais de sacrifício tribais enquanto copulavam com panteras. Para procriarem, só poderiam ter relações entre irmãos. Para se transformarem em panteras, precisavam estar com tesão e terem relações sexuais. Para voltarem à forma humana era necessário matar alguém. Dirigido por Paul Schrader (colaborador dos melhores filmes de Scorsese), o filme pode até parecer macabro ou meio tosco, mas é um filme bem bacaninha. Schrader também dirigiu Gigolô Americano (1980) que alçou ao sucesso a carreira de Richard Gere.

Veludo azul (1986): segundo Lynch esse filme é, na verdade, uma grande história de amor. Falar sobre as obras mais pessoais de Lynch é complicado. São tantas nuances, detalhes, simbolismos que é necessário eu revisitar sua obra várias vezes. Kyle MacLachlan é um detevive iniciante que investiga traficantes de drogas (lembram-se da orelha?) e se envolve com uma misteriosa cantora de cabaré sadomasoquista (Isabela Rosselini). Todos os elementos "lynchinianos" estão presentes: visual sombrio, personagens bizarros e à beira da sociedade, tramas inquietantes, misteriosos e complexos, com várias camadas de interpretação. Uma sintonia perfeita entre direção, roteiro, elenco e trilha sonora (Angelo Badalamenti).

Homem Elefante (1980): inspirado em fatos reais, Lynch aqui conta a história de um jovem acometido pela Síndrome de Proteus que, segundo o filme, foi causada após sua mãe ser atacada por elefantes furiosos (na verdade, é uma doença hereditária caracterizada por múltiplas lesões nas glândulas linfáticas, crescimento anormal de um dos lados do corpo (hemi-hipertrofia), cabeça grande (macrocefalia) e gigantismo parcial dos pés). Largado pela família, passa a trabalhar em um circo de aberrações cujo dono o trata como um animal. Segundo a mitologia romana (tive que catar isso :P), Proteus é um deus marinho, filho de Netuno e Tétis, que tem o dom da profecia, mas para isso precisa ser acorrentado enquanto dorme, caso contrário, pode se metamorfosear em vários animais. Um médico interpretado por Antonhy Hopkins o tira do circo, começa a ajudá-lo e o coloca na sociedade. Por ser muito inteligente, sensível e educado, apesar da sua deformidade física, as pessoas se aproximam dele pra tirar proveito, para fazer auto-promoção. Uma cena muito legal do filme se passa entre Merrick (o próprio Homem Elefante) e uma atriz de teatro de quem se tornou muito amigo: "Mr. Merrick, you are not an Elephant Man at all. You're Romeo" Um filme triste, sensível, com uma fotografia em preto-e-branco perfeita e dirigido de forma impecável por David Lynch.

Dublê de corpo (1984): De Palma homenageia o mestre Hitchcock nesse filme onde um ator de filmes trash perde o emprego e é largado pela mulher e passa a morar na casa de um amigo. Começa a bisbilhotar os vizinhos através de um telescópio e acaba envolvido em um assassinato. Uma visão sobre voyerismo e a sexualidade.

Fome de viver (1983): Tony Scott dirige esse filme sobre um vampiro convertido (David Bowie), ou seja, não naturalmente vampiro e sim transformado em um, que percebe que, contrariamente ao universalmente conhecido, está envelhecendo. Preocupado, ele vai atrás de uma médica (Susan Sarandon). O filme se tornou polêmico na época por que Miriam (Deneuve) tenta seduzir a personagem de Sarandon para salvar o marido e engata um romance com a médica.

O iluminado (1980): Kubrick é foda! Um dos maiores cineastas da história do cinema. Genial, versátil, perfeccionista. Fez um clássico que nos fez refletir sobre a evolução humana e as conseqüências da tecnologia nas nossas vidas. Disseca o comportamento humano e faz uma crítica à sociedade e questiona a violência e suas razões. Por acaso sempre é necessário tê-la? Critica a guerra em Nascido para Matar, mostra a trajetória de altos e baixos de um homem em Barry Lyndon, os limites do desejo e da paixão em Lolita e outros filmes excelentes como Glória feita de sangue, Spartacus, Doutor Fantástico dentre outros. Em O Iluminado, Kubrick usa como pano de fundo uma história de fantasmas para questionarmos novamente sobre o comportamento humano e os limites da sanidade. Genética? Ou produto do meio? Kubrick usa muito bem os simbolismos e os ângulos de câmera dando-nos a sensação de estarmos em um cinema de 360º (lembram? Eu adorava!). E Jack Nicholson está super hiper mega estupendo nesse filme verdadeiramente assustador.



A mosca (1986): Cronenberg no seu estado visceral. Jeff Goldblum é um cientista que está testando uma máquina de teletransporte da matéria. Em uma das suas tentativas, acaba deixando uma mosca entrar em uma das câmeras e aí o que acontece, todo mundo já sabe... Os efeitos especiais e maquiagem são show de bola!

Atração fatal (1987): Adrian Lyne que adora o assunto infidelidade e casais no amasso (ele também é diretor de 9 ½ semanas de amor (1986), onde o casal Kim Basinger e Mickey Rourke ficam presos no quarto praticando vários jogos sensuais). Michael Douglas é um bem sucedido advogado que se envolve com uma mulher (Gleen Close) que se revela uma obssessiva doida de pedra. Apesar da história batida, o filme é bem bacana. Também é interessante conhecer o final alternativo que vem nos extras do DVD. Alex (Gleen Close) se suicida e Dan (Douglas) acaba sendo preso como se tivesse cometido o crime.

Batman (1989): muitos bateram o pé quando Tim Burton deu o papel ao Michael Keaton (Beetlejuice?!). Sinceramente não achei que ele estragou tanto o filme. Quando se transforma em Batman, o uniforme até dá bastante credibilidade; o problema é o Bruce Wayne, que apesar de sua atuação correta, não consegui ver o milionário solitário dos quadrinhos ali. Já Tim Burton deu um visual muito legal à cidade de Gotham City, bem no estilo pessoal do diretor. Jack Nicholson como Coringa está perfeito. Dos quatro filmes é, indubitavelmente, o melhor, apesar da Mulher-Gato da Michelle Pfeiffer ser sensacional. Um fato engraçado é que depois dos dois primeiros longas, o papel do Homem-Morcego passou para Val Kilmer e George Clooney e, ainda assim, o baixinho Keaton, cheio de entradas nos cabelos, se saiu bem melhor que os dois galãs.



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Amém, Mestre!




HASTA!