julho 25, 2006

Reabrindo as portas...

HOLA!


Será, caro leitor, que todo artista sofre de bloqueio criativo? A maldita falta de inspiração e imaginação. Vários filmes já dissecaram escritores e suas mentes em estado letárgico. Entretanto, será que os grandes - Tolstói, Dostoievski, Huxley, Mann, Proust - também sofreram de tal temível mazela? Ou ela é restrita a nós medíocres ou pseudo-artesãos, moldadores de palavras fugazes, vazias e inócuas.

Sou do partido do eco do vazio. Quer se associar? Aceitamos oligofrênicos, lulistas, modelos e naturalistas. Sou um painel de textos diversos. Próprio, não autoral. Chamam-me por um eufemismo da mediocridade: sou pseudo-intelectualóide.

Inaptidão, lassidão, solidão
Vagueio numa viagem em busca da comunhão do meu "eu",
trôpega, sem direção.
Inaptidão, apatia, prostração
Até quando perambularei pela escuridão dos meus passos?
Onde estão os vaga-lumes?
Sonhos inóspitos, inverossímeis,
contudo intrísecos a uma alma aflita,
insatisfeita, incapaz
que às vezes parece esvaecer,
mas que se sustenta miraculosamente em galhos finos e secos.
E nesse malabarismo da vida
até quando a mediocridade irá sobreviver?
Primeiro morrem-se os textos...

"O pranto reprimido pela inépcia
Inerte, vegetal
Fácies cadavérica em um coração descompassado
Que não compreende as vicissitudes da alma
Errante, desolada, ingrata
Que tergiversa a vida
E sucumbe ao infinito particular
Ululante a todos nós"
(kmos)


HASTA!