setembro 06, 2009

"Don't you forget about me... Don't , don't, don't you forget about me...."





Quem me conhece, sabe como sou fã do John Hughes. Fiquei abalada com a notícia da sua morte há 1 mês, na véspera do meu aniversário. Não fez obras que marcaram a história do cinema, nenhum clássico ou cult. Era um autor de estórias simples, do cotidiano de jovens e seus dilemas, amores, frustrações e alegrias. Jovens certinhos, desajustados, irônicos e ingênuos, todos habitavam os corredores das escolas, das festas e participavam do seu restrito clubinho.

Seus filmes traduziram uma época e uma camada da sociedade que os filmes costumeiramente não focavam: os adolescentes. E estes que antes lotavam as salas de cinema para delirar por um sabre de luz se viram do outro lado da tela reais e sem efeitos especiais. Deu notoriedade ao cinema pop, tornou-se referência e criou genéricos. Moldou o banal, fê-lo belo, divertido e singelo. Ademais rimos, choramos e nos apaixonamos pelos seus personagens e atores, alguns eternos no nosso imaginário como Ferris e sua musa-mor Molly Ringwald.

Ao ver hoje o so cute filme Adventureland, que se passa nos anos 80, cheio de personagens interessantes e com uma trilha grudenta de boa, bateu uma tremenda saudade daqueles filmes que povoaram minha infância e de comer pipoca e coca-cola sem aquele peso na consciência e nas "cartucheiras".

Porém não sinto saudade de Hughes a partir de agora, ela já vem desde a década de 90 quando se dedicou mais a carreira de roteirista e deixou de lado a direção. Acertou a mão em uns, mas fracassos como Flubber nos deixou sem a alegria dos filmes de outrora. Quem sabe depois de sua morte precoce não lançam um box com seus melhores filmes? Para matar qualquer saudosista de vez não?


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HASTA!