janeiro 31, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 13)

HOLA!

Se eu fosse fazer um top 10 de melhores novelas, aquelas que certamente estariam encabeçando a lista seriam QUE REI SOU EU? e VALE TUDO. A lista seria aproximadamente assim:

10- Roda de fogo
09- Brega & Chique
08- Corpo a corpo
07- Cambalacho
06- A gata comeu
05- Guerra dos Sexos
04- Direito de amar
03- Selva de pedra
02- Vale tudo
01- Que Rei sou eu?



QUE REI SOU EU?



Exibida entre fevereiro e setembro de 1989, essa novela do mestre Cassiano Gabus Mendes conseguiu unir qualidade técnica com popularidade nessa sátira inteligente sobre nosso país.

O fictício reino de Avilan era uma paródia do Brasil: a miséria, os políticos corruptos, injustiças sociais, a instabilidade financeira, a economia ineficaz, a moeda desvalorizada, os impostos abusivos.

A rainha Valentine (Tereza Rachel) se vê obrigada pelos conselheiros reais e pelo bruxo Ravengar (Antônio Abujamra) a achar um herdeiro para o trono. Jean-Pierre (Edson Celulari) é o filho bastardo do rei e consequentemente seu sucessor. Todavia, a rainha e sua corja forjam um sucessor ao transformarem o mendigo Pichot (Tato Gabus) no novo rei.

Jean-Pierre e seus amigos se rebelam contra o governo e começam uma luta para depor o falso rei. Mas nosso herói não vive só de lutas, ele terá que se decidir entre o amor verdadeiro da jovem e guerreira Aline (Giulia Gam) e a paixão ensadecida por Suzanne (Natália do Valle), esposa de um dos conselheiros.

Interessante é vermos a trajetória de Pichot que não é de todo mal, já que é um ser facilmente manipulável, cujo poder rapidamente corrompe, mas que ama sinceramente a Princesa Juliette (Cláudia Abreu).

Vale destacar o esmero com os figurinos, cenários e com o trabalho do atores. Muitos fizeram aulas de acrobacia, esgrima, malabarismo, danças, além de orientação profissional sobre a linguagem, gestos e costumes da época. Tereza Rachel como a Rainha Valentine (lembram-se das gargalhadas agudas?) assim como Antônio Abujamra (Ravengar) foram os grandes destaques com atuações impecáveis. Na verdade, todo elenco estava incrivelmente coeso e competente.

Não só foi na audiência que a novela fez sucesso. Sua trilha sonora também vendeu bastante e muitas músicas estavam nas paradas das rádios. E alguém se lembra do álbum de figurinhas?

Saudades de Jean-Pierre, Aline, Juliette, Pichot, Suzanne, do bobo-da-corte Corcoran (Stênio Garcia), a feminista Madeleine (Marieta Severo), dos conselheiros reais etc.








VALE TUDO



Quem matou Odete Roitman?
O Brasil inteiro parou por causa dessa novela de Gilberto Braga originalmente exibida entre maio de 1988 e janeiro de 1989.

"Não me convidaram pra essa festa pobre// Que os homens armaram pra me convencer// A pagar sem ver toda essa droga//Que já vem malhada antes d'eu nascer... //... Brasil, mostra a tua cara// Quero ver quem paga pra gente ficar assim// Brasil, qual é o teu negócio// O nome do teu sócio// Confia em mim..."

Essa abertura da novela com a música do Cazuza cantada divinamente pela Gal Costa é como se fosse um safanão na gente: abra o olho, acorda, ser bonzinho demais é se ferrar na certa. Não que seja um manifesto pra delinqüência, marginalidade, mas é como se fosse um aviso: FICA ESPERTO!

Maria de Fátima (Glória Pires) é completamente diferente da sua mãe Raquel (Regina Duarte). Vende os pouquíssimos bens da família e foge para o Rio atrás de fortuna. Lá conhece César (Carlos Alberto Ricceli), seu parceiro no amor e nas pilantragens. Raquel vai pro Rio atrás da filha e se apaixona por Ivan (Antônio Fagundes). Trabalha como vendedora de sanduíche natural e consegue se reerguer, sendo até dona de uma rede de restaurantes.

Afonso Roitman (Cássio Gabus) é o único filho da poderosa Odette Roitman (Beatriz Segall) e que, ao contrário dos desejos da mãe, adora o Brasil e quer permanecer no país, ainda mais depois de conhecer a jornalista Simone (Lídia Brondi). Porém entra Maria de Fátima na jogada que conhece Afonso e, através de muitas armações, consegue acabar com o relacionamento dele com Simone e se casam.

A história tem uma reviravolta quando Raquel encontra 800 mil dólares perdidos pelo desonesto Marco Aurélio (Reginaldo Faria), ex-marido de Heleninha Roitmam (Renata Sorrah), irmã de Afonso. Seguindo a sugestão de Ivan, Raquel não fica com o dinheiro. Os doláres desaparecem devido a uma artimanha da sua filha mau-caráter e tudo leva a crer que foi Ivan que roubou a grana. Os dois rompem e ele acaba, posteriormente, casando com Heleninha. Esta é uma mulher frágil e alcoólatra, que sofre pela ausência do filho Thiago (Fábio Villaverde), um garoto retraído que mora com o pai.

Heleninha conta com a ajuda da amável tia Celina (Natália Thimberg) e do mordomo Eugênio (Sérgio Mamberti) que compara todos os acontecimentos ao seu redor com o cinema dos anos 30 a 50. Já seu filho Tiago se apaixona pela doce Fernanda (Flávia Monteiro) que namora seu melhor amigo.

O inescrepuloso Marco Aurélio se casa com a ex-mulher de Ivan, a insegura Leila e, posteriormente, vai ter um caso com Fátima. E essa relação extra-conjugal leva ao grande segredo da novela: O assassinato de Odete Roitman.

Toda essa rede de intrigas, corrupção, paixões frívolas, amores desencontrados e a crítica social pertinente permeiam esse grande folhetim.

Algumas cenas merecem ser destacadas: Raquel rasgando o vestido de casamento de Fátima. A morte de uma personagem em um acidente pela não aceitação do público de um casal de lésbicas (Por sinal, várias cenas entre as personagens foram vetadas pela censura). Destaco também inúmeras cenas de Maria de Fátima, Odete e Heleninha, personagens complexas que arrancaram atuações soberbas de suas intérpretes Glória Pires, Beatriz Segall e Renata Sorrah respectivamente. E o que falar daquela cena antológica do Reginaldo Farias (Marco Aurélio) dando banana pro Brasil enquanto fugia no seu jatinho? Vale realmente a pena ser honesto no Brasil? Mais real, impossível!



Música do dia:

Você alguma vez já falou "Ah, essa música é da novela x, do personagem y"? Isso acontece com todo nós. Novela dita moda, comportamentos e torna certas canções atemporais.

Quem não se lembra da canção de amor de Simone (Lídia Brondi) e Afonso (Cássio Gabus) na novela VALE TUDO?


FAZ PARTE DO MEU SHOW
(CAZUZA)


Te pego na escola
E encho a tua bola
Com todo o meu amor
Te levo pra festa
E testo o teu sexo
Com ar de professor

Faço promessas malucas
Tão curtas quanto um sonho bom
Se eu te escondo a verdade, baby
É pra te proteger da solidão

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Confundo as tuas coxas
Com as de outras moças
Te mostro toda a dor
Te faço um filho
Te dou outra vida
Pra te mostrar quem sou

Vago na lua deserta
Das pedras do Arpoador
Digo "alô" ao inimigo
Encontro um abrigo
No peito do meu traidor

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Invento desculpas
Provoco uma briga
Digo que não estou
Vivo num clip sem nexo
Um pierrô-retrocesso
Meio bossa nova e rock 'n' roll

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor



HASTA!

janeiro 29, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 12)

HOLA!


Pode amar ou odiar, mas não há como negar que, depois do futebol, o entretenimento mais popular do Brasil são as N-O-V-E-L-A-S. E também não há como negar que a melhor infra-estrutura está na Globo. E é uma pena ver um gênero despretensioso e divertido decair tanto. E o que nos resta são as minisséries, essas sim remanescentes da qualidade que tanto havia nos anos 80.

Das três novelas atuais, a única que ainda se sobressai é a Senhora do Destino, apesar de ser um grande dramalhão e historicamente incoerente. Uma ou outra novela se destacam tal como o remake de Cabocla, Celebridades, Chocolate com pimenta, O cravo e a rosa, O Clone e a popularidade irrefutável das novelas do Manoel Carlos.




Em 1980, a Globo transformou em série a famosa novela O Bem Amado (1973) que era protagonizada pelo grande e saudoso Paulo Gracindo. Quem não se lembra do Odorico Paraguaçu, do Zeca Diabo e das Irmãs Cajazeiras?

Já em 1981, o seriado Amizade Colorida tentou suprir a carência do público pelo término do seriado Malu Mulher em dezembro de 1980, entretanto foi considerado avançado pra época, censurado e não obteve boa aceitação. Já a série Obrigado, Doutor estrelada por Francisco Cuoco agradou ao público. Com um foco na questão da saúde, abordava vários temas como epidemias, acidentes de trabalho, a falta de recursos nos hospitais, além da relação de afeto entre o Dr. Rodrigo Junqueira (Cuoco) e os moradores da pequena cidade.

Em 1982, Lampião e Maria Bonita ficaram imortalizados graças à soberba atuação de Nelson Xavier e Tânia Alves, respectivamente. Quem não se emocionou com a cena final da tocaia? Foi a primeira experiência da Globo com o formato de minisséries e já saiu premiada com a medalha de ouro do Festival de Filmes e Televisão de Nova York.

Ainda em 1982, foi lançado o programa Caso Verdade, uma série com histórias semanais baseadas em casos verídicos. Fez bastante sucesso e durou até 1986.

Em 1983, depois do sucesso do Luiz Gustavo na novela Elas por elas (1982), seu personagem, o detetive Mário Fofoca, ganhou um seriado próprio.

Em 1984, os grandes e saudosos Walter George Durst e Walter Avancini nos presenteiam com duas ótimas minisséries ambas protagonizadas por Ney Latorraca. Em Rabo de Saia, Latorraca vive o caixeiro-viajante Quequé, um malandro que tem que dar conta de três famílias em três estados diferentes. Para Quequé, a mulher ideal era a soma das suas três esposas vividas por Dina Sfat, Tássia Camargo e Lucinha Lins. Já em Anarquistas graças a Deus, adaptação do livro homônimo de Zélia Gattai, mostra-se a adaptação da família Gattai no Brasil aos olhos da filha Zélia. A química entre Ney Latorraca e Débora Duarte (Angelina, sua esposa) era perfeita. Tinha um elenco infantil formidável e uma reconstituição de época perfeita, além da ótima direção de Avancini.

Em 1985, a grande obra de Érico Veríssimo é transplantada para a telinha. O tempo e o vento tem foco em Bibiana e suas recordações, que a fazem voltar no tempo para conhecer a história dos seus antepassados: Ana Terra (sua avó), Capitão Rodrigo (seu marido), Bolivar (seu filho), etc. Ainda em 1985, Tony Ramos e Bruna Lombardi protagonizaram a minissérie Grande Sertão Veredas, baseada no romance homônimo de Guimarães Rosa. Quem não se lembra da cena em que o Riobaldo (Tony Ramos) descobre que seu grande amigo Diadorim (Bruna Lombardi) é na verdade uma bela mulher?

Em 1986, Gilberto Braga traduziu o romantismo dos anos 50 nessa bela história de amor entre Lurdinha (Malu Mader) e Marcos (Felipe Camargo) em Anos Dourados. E em 1988, o mesmo Gilberto Braga adapta um dos grandes romances de Eça de Queiroz, Primo Basílio, para a telinha global. As atuações de Tony Ramos, Giulia Gam e Marília Pêra são memoráveis. Três cenas em especial me marcaram: a morte da maquiavélica Juliana (Marília Pêra), Luísa (Giulia Gam) careca ante sua doença terminal e a descoberta da traição. Cenas antológicas da TV brasileira.

Ainda em 1988, o vencedor da Palma de Ouro em Cannes e também o primeiro filme brasileiro indicado ao Oscar é adaptado por Dias Gomes para a TV, todavia a série O Pagador de Promessas não obteve o mesmo impacto como o longa original.


A gata comeu: originalmente exibida em 1985, conta a história de Jô Penteado (Christiane Torloni), uma garota mimada, geniosa e sonâmbula, que faz de gato e sapato todos os homens que passam na sua vida. Em uma excursão escolar, conhece o pacato professor Fábio (Nuno Leal Maia) e essa viagem não termina nada bem. Um temporal os desvia da rota e faz eles se perderem. Ficam isolados em uma ilha e a daí nasce uma relação de amor e ódio hilária entre os dois. Uma das minhas novelas prediletas.

Selva de pedra: esse remake exibido em 1986, nos conta a história de Cristiano (Tony Ramos) que se envolve, por acidente, na morte de um playboy em uma pequena cidade. Testemunha da briga e sabendo da sua inocência, a artista plástica Simone (Fernanda Torres) encoberta Cristiano por quem se apaixona. Ambos fogem para o Rio de Janeiro e se casam. Ele começa a trabalhar em um estaleiro do pai da venenosa Fernanda (Christiane Torloni), formando assim, posteriormente, um triângulo amoroso. Ludibriado pelas idéias de seu amigo Miro (Miguel Falabella), Cristiano se vê perdido entre continuar sua vidinha ou tornar-se rico. Para "ajudar" o amigo, Miro planeja a morte de Simone e após persegui-la em uma auto-estrada, ocorre um grave acidente e ela é dada como morta. Aí surge Rosana Reis que jura se vingar de todos que acabaram com sua vida. Só que o amor fala mais alto no final. Vale destacar a atuação memorável de Falabella como Miro e sua frase impagável: "nhê, nhê, nhê pra você". Quem não se lembra da canção de Cristiano e Simone, interpretada por Verônica Sabino? Eu amava! Lembro que eu fiz um caderno onde copiava letras de músicas e essa foi a primeira letra que coloquei lá.

Foi um vento que passou
que te trouxe
e te levou
deixando no corpo
a marca do amor
que ficou no ar
ilusão luar
A chuva que esse vento traz
Faz com que
eu me lembre mais
de todos os sonhos
que a gente sonhou
planejou demais
demais
Bem que eu podia
tentar te encontrar
mas um vento forte
que me afastou, te levou
te escondeu
longe demais
A chuva que esse vento traz
Faz com que
eu me lembre mais
de todos os sonhos
que a gente sonhou
planejou demais
demais
e cada vento
que soprar
pode te fazer voltar
encher o vazio
que ficou no ar
me marcou demais
me marcou
demais


Carmem: assisti a essa novela de 1987 da extinta Manchete às escondidas. Lucélia Santos é Carmem, uma jovem do subúrbio carioca que faz pacto com a Pombagira, prometendo servi-la em troca do poder de sedução em todos os homens. Tem um fato engraçado que tiro dessa novela. Sabe quando a gente entra em uma igreja pela primeira vez e pode fazer três pedidos? Eu nunca pedi um namorado por causa de Carmem, já que quando ela morre, o feitiço do falso amor em Camilo (José Wilker) também acaba... Entendem? Coisas de guria! Vai entender!

Vereda tropical: essa novela de 1984 relatava o tumultado relacionamento entre o jogador de futebol Luca (Mário Gomes) e Silvana (Lucélia Santos) e sua luta pela posse do seu filho Zeca (Jonas Torres - o Bacana de Armação Ilimitada).

Sinhá Moça: novamente em uma novela de época (1986), Lucélia Santos aqui é filha do Rubens de Falco (lembram-se deles em A Escrava Isaura?), um ferrenho escravocata que é totalmente contra seu romance com o personagem do ator Marcos Paulo, um ativo abolicionista republicano.

Vale tudo: é tão boa que vou falar mais detalhadamente em outro post, assim como minha TOP 1 Que Rei sou eu? .

Guerra dos Sexos: novela divertidíssima e inteligente que foi exibida em 1983. Atuações soberbas como a do casal "gato e rato" vivido por Paulo Autran e Fernanda Montenegro tornam-na uma das melhores novelas já realizadas no nosso país.

Roque Santeiro: todos pensam que Roque foi morto e ele virou santo. Mas ele volta e causa reboliço na cidade de Asa Branca. Saudades de personagens pitorescos como Sinhozinho Malta ("tou certo ou tou errado?"), Viúva Porcina, Mocinha, D. Pombinha, Florindo Abelha, Zé das Medalhas, Cego Jeremias, Toninho Jiló, dentre outros. "Mistérios da meia-noite//Que voam longe// Que você nunca//Nao sabe nunca//Se vão se ficam//Quem vai quem foi"...

"Dona desses traiçoeiros
Sonhos, sempre verdadeiros
Oh Dona desses animais
Dona de seus ideais
Pelas ruas onde andas
Onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros
Esperando tua voz
Teus desejos, uma ordem
Nada é nunca, nunca é não
Por que tens essa certeza
Dentro do teu coração
Tan, tan, tan, batem na porta
Não precisa ver quem é
P'ra sentir a impaciência
Do teu pulso de mulher
Um olhar me atira à cama
Um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo
Porque sei que és minha
Dona..."


Top Model: essa novela exibida em 1989 agradou bastante ao público jovem, graças ao surfista Gaspar (Nuno Leal Maia), sua "amiga" Naná (Zezé Polessa) e seus cinco filhos John Lennon, Elvis Presley, Olivia, Jane Foda, Ringo Starr, além do casal principal a modelo Duda (Malu Mader) e Lucas (Taumaturgo Ferreira).

Nicete Bruno, Falabella (Miro) e Tony Ramos (Cristiano) em Selva de Pedra, Gabriela Duarte (Olivia), Júnior (Rodrigo Penna), Ringo Starr (Henrique Farias) e Carol Machado (Jane Fonda) em Top Model e José Wilker (Roque), Regina Duarte (Porcina) e Lima Duarte (Sinhozinho Malta) com padre vivido por Paulo Gracindo em Roque Santeiro.


D. Beija
: exibida em 1986 na extinta Manchete, relata a trajetória de Ana Jacinta de São José, a D. Beija, na cidade mineira de Araxá. Por causa de um amor partido, vira cortesã e transforma sua chácara em um bordel. Pra mim, a melhor interpretação de Maitê Proença, acho que mais nunca ela consegue ser tão perfeita como foi nessa novela.

Corpo a corpo: essa novela de 1984 é uma das minhas recordações mais antigas. Eu via, às escondidas, esse folhetim que tinha como premissa Fausto, tragédia famosa do escritor alemão J. W. Goethe: a ambição humana e os pactos demoníacos. Eloá (Débora Duarte) é casada com Osmar (Antônio Fagundes) e tem um filho adolescente (Selton Mello em um dos seus primeiros papéis. É impressionante como ele parecia aquele garotinho dos cadernos Companheiro). Eloá, a fim de crescer profissionalmente, faz um pacto com o diabo, só que isso causará uma crise no seu casamento. Por um tempo, eu tive medo do ator Flávio Galvão que fazia Raul, ou melhor, o tinhoso em pessoa. A novela também causou polêmica por trazer o primeiro romance inter-racial da TV através do casal Sônia (Zezé Mota) e Cláudio (Marcos Paulo). Vale destacar que na trilha incidental da novela estão presentes algumas músicas que Bernard Herrman fez para Vertigo e North by Nothwest de Hitchcock.

Direito de amar: uma das minhas favoritas. "Feliz 1901, 1902, 1903 etc". Essa frase dita pelo saudoso Lauro Corona em 1987 reverbera na minha mente até hoje. No revéillon... Durante aquele baile de máscaras... Nascimento de um amor... Desencontro... Dívidas... Vende-se uma noiva... Surpresas, obstáculos, revelações e o típico e maravilhoso final feliz. É clichê o que direi, mas definitivamente não se fazem mais romances como antigamente... Vale destacar aquele duelo final entre Carlos Vereza e Carlos Zara inspirado no soberbo romance A Montanha Mágica de Thomas Mann.

Roda de fogo: exibida em 1986, cujo protagonista é Renato Villar vivido por Tarcísio Meira. Um empresário frio, ambicioso e sem escrúpulos que ao descobrir que é portador de uma doença terminal, tenta mudar totalmente sua vida e consertar todos seus erros, além de largar sua esposa para viver um romance com a juíza Lúcia Brandão (Bruna Lombardi), seu grande amor.

Um sonho a mais: essa divertida novela exibida em 1984 conta a história de Antônio Carlos Volpone que foge do Brasil por ser suspeito de um assassinato. Faz fortuna no exterior e volta ao país para provar sua inocência e reconquistar sua ex-noiva e para isso usa vários disfarces, inclusive de uma repórter chamada de Amélia Bicudo. Ney Latorraca dá um show de interpretação nos seus vários personagens.

Brega & Chique: Herbert Alvaray é um ricaço falido e cheio de dívidas e que mantém duas famílias. Uma delas vive com todas as regalias, enquanto a outra tem uma vida modesta. Então ele resolve simular sua própria morte e foge. Esse plano empobrece a afetada Rafaela (Marília Pêra) e Rosemere (Glória Menezes) herda muitos dólares. Rafaela se muda pra mesma vila onde mora Rosemere e tornam-se amigas. Situações engraçadas, reviravoltas e um casal pra lá de divertido (Marília Pêra e Marco Nanini) são umas das grandes qualidades dessa novela do gênio Cassiano Gabus Mendes exibida em 1987.

Malu Mader e Felipe Camargo em Anos Dourados; Ney Latorraca e Débora Duarte vivem um casal de imigrantes em Anarquistas graças a Deus; Quequé (Latorraca) e uma das suas três esposas (Dina Sfat) em Rabo de Saia. Que colírio! Tarcísio Meira como um certo Cap. Rodrigo na minissérie O tempo e o vento. Elíseo de Albuquerque, Geórgia Gomide (Ana Terra), Sílvio Francisco e Davi José (de costas) na primeira parte da trilogia de Érico Veríssimo. Bruna Lombardi como Diadorim e junto com o Riobaldo (Tony Ramos) e outros jagunços em Grande Sertão, Veredas. Família toda reunida em Anarquistas (vocês sabiam que um dos filhos do casal é interpretado por Afonso Nigro, futuro Dominó?).


Eu admito: sou N-O-V-E-L-E-I-R-A! Entretanto sinto saudades dos bons folhetins. Atualmente apenas me contento com as minisséries e meu xodó atual, a espetacular microssérie Hoje é dia de Maria.

"Oh! Alecrim, alecrim dourado que nasceu no mato sem ser convidado..."


HASTA!

janeiro 27, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 11)


HOLA!


Se você já passou dos vinte aninhos, deve certamente se lembrar dos televisores com 13 canais ou aqueles com seletor redondo, não? E a febre dos vídeo-cassetes? Quem não tinha aquele walkman amarelo da Sony? Era só sair pra caminhar pelo calçadão ou pela praia que eu contava inúmeros...

Naquela época, colecionávamos vinil, fitas VHS e K7 em vez de CDs e DVDs. E quem nunca se emputeceu quando aparecia a vinheta da rádio justamente no final da gravação da música? Ficávamos horas e horas em frente ao som, ouvindo o blá blá dos radialistas para gravar na fita cassete uma música qualquer, não é? E por isso e muito mais, viva as MP3s!!!

No mundo das fitas, quem reinava era a BASF: BASF ferro (a vermelhinha), Chrome Extra I, Chrome Extra II... Nunca entendi a diferença entre elas, mas sei que está ordem crescente de qualidade, estou certa? Mas nenhuma delas conseguia tirar aquele chiado horrível... Outras marcas também se sobressaíam, mas não eram tão populares como a supracitada: TDK, Sony etc. Como nas fitas K7, a BASF também reinava entre as VHS. Quantos filmes, novelas, programas e vídeos caseiros gravados e regravados, não? Se não quisesse mais gravar, bastava tirar aquele trequinho preto. Pena que os gravadores de DVD ainda estão com preços muito abusivos.

Nos anos 80, os computadores começavam a surgir para desespero das máquinas datilográficas. E a maioria tinha MSX, não? E as máquinas para tirar foto nem sonhavam em ser digitais.

Pra refrescar a mente... Lembram de algum desses?

Vídeo-cassete Sony Betamax, espremedores de fruta da Arno e Geletric Braun, vinil e fitas cassete, Gravador Nacional RQ, liqüidificadores Britania, Arno e Walita, câmera betamovie-tn, máquina datilográfica.





Som 3 em 1 Polivox, TV Sanyo, rádio-relógio Philco (o meu morreu há alguns anos). A gente não teclava o telefone e sim discava. Vitrola portátil da Phillips.



Fita VHS da Sony, Vídeo Sony Betamax, TV Sharp,
novamente o vídeo da sony, walkman da Sony, Som Toshiba, Stereos, Câmera Kodak.



Calculadora Casio, fitas BASF que a gente levava pra gravar as aulas e os computadores: IBM PC, IBM PC XT e IBM PC AT.

Anos 80 é sinônimo da febre dos fliperamas, jogos eletrônicos e vídeo-games. Intellivision, Odyssey, Telejogo, Atari, ColecoVision, Master System... quanta saudade! Os nostálgicos estão em tão grande número que criaram sites com emuladores, roms dos nossos saudosos joguinhos. Não entendeu? Emulador é o vídeo-game e roms são os jogos. Jogos tais como: Pac Man, Enduro, meu predileto Pitfall, Froggy, Boxer, Jogos de verão, Super Mário, Donkey Kong, Super Tennis, Berzerk, River Raid, Alex Kidd, Choplifter, Black Belt, Prince of Persia, Mickey Mouse: Castle of Illusion, Gangster Town, Zelda, etc. Até a Turma da Mônica tinha um jogo que era uma cópia literal do Wonder Boy. EU AMO JOGAR!!





Música do dia:

Eu A-M-A-V-A essa música e é a única música que conheço dessa banda que só fez um álbum, depois voltou ao anonimato.

The promise
(When In Rome)

If you need a friend, don't look to a stranger,
You know in the end, I'll always be therre.
But when you're in doubt, and when you're in danger,
Take a look all around, and I'll be there.

I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say.
I know they don't sound the way I planned them to be.
But if you'll wait around awhile, I'll make you fall for me,
I promise you, I promise you I will.

When your day is through, and so is your temper,
You know what to do, I'm gonna always be there.
Sometimes if I shout, it's not what's intended.
These words just come out, with no gripe to bear.

Refrão 1:
I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say.
I know they don't sound the way I planned them to be.
But if you'll wait around awhile, I'll make you fall for me,
I promise you, I promise you...

Refrão 2:
I'm sorry, but I'm just thinking of the right words to say.
I know they don't sound the way I planned them to be.
And if I had to walk the world, I'd make you fall for me,
I promise you, I promise you I will.

I gotta tell you, I gotta tell you, I need to tell you...

(refrão 1)
(refrão 2)

I will. I will


(The promise)





HASTA!

janeiro 25, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 10)

HOLA!

Será que lá pra 2020 eu iria dizer que o que eu visto hoje é brega, cafona? E será que nos anos 80 eu me achava brega? A moda é tão cíclica, a peça de roupa que hoje é proscrita, amanhã pode ser desenterrada do armário. O fusca que nos anos 80 era sinônimo de dificuldade financeira, hoje em dia é status. Quem diria, não?

Não sou escrava da moda. Até a sigo, mas não sou manipulada por ela. Eu simplesmente adapto a moda ao meu modo de ser e vestir. Mas imaginem: será que eu usaria novamente aquelas calças santropeito (opa, santropez)? E aquele penteado todo armado estilo Gleen Close em Atração Fatal? E aquelas franjas repicadas, estilo punk, porém mais parecidas com Chitãozinho e Chororó? Nem quero lembrar daquelas calças colantes chamadas fusô...

O interessante é que, no ano passado, estilistas famosos como Alexandre Herchcovitch e Walter Rodrigues assim como a Colcci, badalada confecção catarinense, fizeram um revival dos anos 80. Nas passarelas vimos cores aberrantes, calças de boca afunilada, roupas com punho e zíperes. Além do contraste do largo com o justo e o estilinho Madonna anos 80 de ser, ou seja, aquelas minissaias com leggings. E mais interessante ainda é ver que a coleção ficou realmente bonita depois de repaginada. Graças a Deus que eles não quiseram tirar do baú aquelas terríveis ombreiras e o oversizing dos blazers.

Foi nos anos 80 que estourou o fenômeno das academias e principalmente a aeróbica. Quem não adorava desfilar com aqueles extravagantes colants e aquelas polainas coloridas altamente anos 80? Lembram das polainas pretas da Jennifer Beals no filme Flashdance? Virou mania mundial! E os vídeos de aeróbica da Jane Fonda? Todo mundo queria! Essa febre acabou levando os tecidos, conceitos e modelagens das academias para o dia-a-dia.

Também a moda punk que nasceu no final dos anos 70 reflete nos penteados e vestimentas e a moda disco-glitter também afina durante vários anos. Os new wave, chamados os conjuntos punk, se refletiam nas passarelas. É a inspiração vinda da música, assim como artistas como Madonna, Cindy Lauper, Boy George etc.

Os yuppies (young urban professionals) engomadinhos de Wall Street consolidaram o gel, o cabelinho para trás e o maldito topete que a paulistada tanto ama. As modelos com os cabelos assimétricos e repicados, com suas saias balonês ou tules nos cabelos popularizaram a moda.

Alguém se lembra das mangas morcego, golas canoa, calças baggy e semi-baggy? Bom esquecer mesmo...

Após o casamento com o príncipe Charles, a Princesa Diana começa a ditar moda, todos copiam seus penteados e modelitos. Transformou-se em um ícone da moda nos anos 80.

Se a moda é realmente o reflexo da sociedade, o que falar dos anos 80? Para os economistas, os anos 80 foram a "década perdida" para o Brasil. Para os profissionais da moda, a "época das trevas". O que seria para mim então? Paradoxalmente, as roupas procuraram expressar justamente o contrário: alegre, esportiva, versátil, divertida e ao mesmo tempo, sofisticada, sensual e ousada. Seria talvez um reflexo da abertura democrática?

A ambigüidade foi um traço marcante desta moda: estampas de oncinha, cores cítricas, vibrantes (pink, verde-limão e laranja fosforescente ou todos juntos), ombros largos, pernas longas, cós alto, cortes de cabelo assimétricos, bijouteiras cada vez maiores e acessórios "fake" conviviam com discretos tailleurs e com roupas de moletom e cotton-lycra recém-saídas das academias. E o surgimento de novos tecidos, como o stretch, dava um ar futurista às roupas.

A música, assim como o cinema, foi um importante meio para a difusão das modas, especialmente pela transmissão dos videoclipes, unindo o som à imagem. Filmes como "Blade Runner" (1982) reafirmaram e divulgaram algumas das tendências mais fortes da moda. Em 2003,a famosa griffe italiana Gucci exibiu nas passarelas uma coleção com uma óbvia referência ao filme do Riddley Scott, que foi tão massacrado na época e notadamente depois tornou-se cult.




Malha, garota!! Olhas as polainas aí!! Passa xérox na Lady Di!! O que falar das calças rasgadas que eram um sucesso? Nos anos 80 o tênis All Star começou seu reinado. Os tênis Redley também eram bem conceituados. A USTOP popularizou-se depois de um certo Fernandinhooo, as sandálias de plástico surgiram pra ficar e a Melissinha estava no pé entre 10 de 10 meninas. Tinha até até Melissinha fechada, estilo colegial, portanto pra todos os gostos. E as carteiras e pastas emborrachadas? A Company reinou nesse quesito. E qual a garota que não era doida pra adquirir aquelas camisas com anjinhos da Fiorucci? Tinha até caderno, agenda etc. E os dockside samello? Várias cores, vários modelos... Os óculos estilo gatinha ainda estavam na moda, mas tinham vários outros modelos, inclusive com oncinha... E os perfumes Alfazema da Phebo? Altamente populares. Tinha sabonete, desodorante e claro que não podia esquecer o talco Seiva de Alfazema... Minha avó me enchia com aquele cheiro horrível... Odiava, mas tinha que agradá-la, né? E o Leite de Rosa? E marcas como Monange, Davene?Sobrevivem até hoje... E os shampoos da Johnson & Johnson? Usava muito um que era laranjinha... E os batons 24h? A novela Ti ti ti até criou e popularizou o batom Boka Loka, lembram? E toda garota tinha aquelas bermudas da Dimpus, não? Pelo menos eu tinha... Putz, lembrei-me agora do Biotônico Fontoura, mas nada a ver com o post, surto de quem aqui escreve...



E os relógios Cássio e Champion? Champion era muito bom, você podia comprar várias correias (pulseiras) diferentes e pronto: um relógio que vale por mil. Tênis Montreal antimicrobiano, lembram? Populares também eram o ortopé e o kichute. E o Adidas trainer? Tinha um que era bem laranja... E a marca Pakalolo que surgiu e logo virou mania entre os adolescentes: roupas, acessórios, tinha até carteira... Nos anos 80, a Lacoste ainda tinha preços acessíveis e a Philippe Martin reinava entre as meninas. Falando em meninas, qual de nós nunca usou o gel new wave? Ou após a praia colocava o condicionador Neutrox nos cabelos?


E para secar e domar os cabelos? Secador Arno na cabeça! E os meninos que eram viciados em marcas como a OP e Adidas, lembram?


A moda não está apenas no que você usa, mas também se refletiu nos carros. Quem nunca teve um desses? Opa, a gente não... Nossos pais :P...

Belina ou Caravan eram os carros utilitários, para toda a família. Del Rey era sinônimo de status, não? Lembram o Dogdge 1800? Mais popular que o chevette, só o fusca. E o escort sempre foi uma gracinha.

E o bom e velho Gol? E o Passat? E o modismo no final dos 80 com o Kadett? E o sempre imponente Opalla? Seus pais ou mesmo vocês tiveram algum desses ou até mesmo o velho e sempre útil Corcel.

Bem, se não tinha carro, certamente possuía uma moto e deve se lembrar da febre das mobiletes? Eu queria tanto andar na que minha tia tinha, contudo depois que ela se arrebentou toda em um acidente era o adeus de Karinnéa passeando em uma motocicleta.

Putz, só andei de moto uma vez e já na faculdade de Medicina e de um quarteirão pra outro e nem era eu quem estava dirigindo. Detalhe importante: minha mãe nunca soube. Ninguém merece!

PS: Agradeço aos vários sites sobre os anos 80 espalhados pela net pelas fotos gentilmente roubadas.


HASTA!!



janeiro 24, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 9)

HOLA!

Sou da época que o casal 20 do telejornalismo brasileiro era o Eliakim Araújo e a Leila Cordeiro (apesar de que prefiro muito mais o Bonner e a Fátima). Quantas mudanças na abertura do Fantástico, não? E o Cid Moreira era igualzinho ao que é hoje, todavia sem aquela plástica mal feita :P.

Eu odiava ir pra casa da minha avó paterna aos domingos, porque sabia que ia ter uma overdose de Sílvio Santos. Fiquei traumatizada... Toda vez que vejo o Sílvio Santos lembro daquele cheiro de comida gordurosa que infestava a casa da minha já falecida avó.

Mas o Sr. Sílvio não era de todo ruim. Sou da época que o Sistema Brasileiro de Televisão se chamava TVS. Sempre detestei o SBT, mas tenho que admitir que gostava dos programas Qual é a música e ficava me testando tanto nesse programa como no Roletrando. E o show de calouros? Nunca fui muito fã, mas às vezes via e morria de medo da Aracy de Almeida.

Sábado à tarde, era sinônimo de... O grande e saudoso Chacrinha: "Oh Teresinha, Oh Teresinha..." e "Vai ganhar um abacaxi"... Nunca haverá alguém como o Velho Guerreiro, as tardes de sábado sempre estarão de luto.












Quem viveu os anos 80 como eu, conheceu um Faustão muito mais interessante no seu programa Perdidos na Noite da Bandeirantes. Ele até escrachava a toda poderosa Vênus Platinada, eu me lembro!

Quem viveu os anos 80, não tinha idéia do talento do Jô Soares como entrevistador e só admirava seu grande talento humorístico... CAPITÃO GAY!!!

Quem viveu os anos 80 conheceu o verdadeiro rei do forró, o pai do baião, Luiz Gonzaga, o Gonzagão. Expressão perfeita da música nordestina em dos seus mais inspirados momentos.

Anos 80 é sinônimo de programas excelentes para o público infanto-juvenil: Juba, Lula, Bacana e Zelda Scott, a deliciosa Armação Ilimitada . E quem nunca quis desenhar como o Daniel Azulay? E os especiais repletos de músicas maravilhosas que até hoje grudam nas nossas mentes? Plunct Plact Zuuum, Pirlimpimpim são uma das muitas realizações do saudoso e talentoso Augusto César Vannucci. E a TV Globinho, que atualmente é apresentado por algumas atrizes adolescentes no seu momento "freezer" na Globo, era apresentado pela ótima jornalista Paula Saldanha.

Vocês lembram do programa infantil do Sílvio Santos? Domingo no parque! O programa lançou o Juninho Bill que depois entraria no Trem da Alegria. Eu lembro que eu aprendi a palavra micróbio de tanto que o Sílvio falava que se usasse os tênis ortopé ficaríamos livres desses bichinhos invisíveis. Por sinal: "Ortopé, Ortopé, tão bonitiiinhoo".

E a brincadeira do foguete tão imitada hoje em dia? "Você quer trocar uma bicicleta por uma penca de bananas? SIMMM!! E por uma boneca? NÃÃÃOO!!"

Sou da época em que a Simony era uma garota pura e não fazia marketing em cima da sua vida pessoal. Juntamente com Tobby, Mike e posteriormente Jairzinho formavam o Balão Mágico e ainda tinha no programa o Cascatinha e o Fofão.

Alguém lembra do programa bacaninha e educativo na TVE Canta conto? Tinha rodinha de música, artesanato, muito instrutivo. Também era da TVE um programa que eu adorava: uma loura ficava com um monte de adolescente ao redor e apresentava um clipe qualquer, depois ela ia traduzindo juntamente com a garotada a música em questão. Adorava fazer isso comigo mesma.

Bambalalão? Lembram? Pra mim, o melhor programa infantil da década de 80 e olha que nem desenho tinha. Gigi, Silvana, Palhaço Tic Tac, Professor Parapopó que usava um paletó com estampa em xadrez e uma máscara de nariz-bigode-óculos. Tinha jogos, brincadeiras, mímica, teatro, canções infantis. "Sessão Matinê", "Quem quiser que conte outra", "O Correio" e "Os Bambas da turma" eram os meus quadros favoritos. Não esqueço quando começava a tocar aquela música do Moraes Moreira:"Pombo correio voa depressa//E esta carta leva para o meu amor//Leva no bico que eu aqui fico esperando//Pela resposta que é prá saber se ela ainda gosta de mim..." Eh saudade!!

Sou da época em que o Globo de Ouro que eu conhecia era um programa estilo o top 20 da MTV, onde cantores, cantoras e bandas que estavam no topo das paradas exibiam suas performances em playback (e eu nem percebia:P). Acho que a Isabela Garcia e César Filho foram os apresentadores que mais duraram. Falando em MTV, antes de sua estréia nacional em 1990, tínhamos que nos contentar com o CLIP CLIP cuja apresentação coube a ótima Chris Couto, futura VJ da MTV e hoje encalhada na Malhação.

E vamos abrir as Portas da Esperança? Era doida pra ir pro programa do tio Sílvio... E o próprio Sílvio Santos trouxe um programa mexicano infantil que encantou todas as crianças, menos a mim. Odeio Chaves, Chapolim, Kiko, Sr. Madruga, Chiquinha... "Isso, isso, isso!!!"

Alguém lembra do Barbosa? Eu amava o Barbosa e toda trupe do melhor programa humorístico da TV brasileira. Sou órfã do TV Pirata. E o grande Chico Anysio criou o meu personagem favorito: Bento Carneiro, o vampiro brasileiro. A-D-O-R-A-V-A!!

Mas infelizmente, ainda nos anos 80, vimos surgir o Gugu Liberato que até fazia um programa mais bacaninha nas noites de sábado - Viva a noite! O império da Xuxa se inicia e surge sua maior concorrente antes de Angélica, a baiana Mara Maravilha, antiga jurada do show de calouros. Ainda vimos os chatos (pra mim, ok?) Bozo e Tia Malfada brincando com a criançada. Entretanto hors concours em chatice é o Sérgio Mallandro. Lembram do programa oradukapeta? Uma $#@@%&*...

Atemporal mesmo só meu querido Sítio do Picapau Amarelo: qual criança não se deliciava com as aventuras e traquinagens da Emília, a astúcia e inteligência do Visconde? Quem não queria uma avó fofa como D. Benta que lhe contasse histórias maravilhosas? E se deliciar com as guloseimas da Tia Nastácia? E quem não queria ser amigo do saci? E ri das atrapalhadas do Garnizé, Tio Barnabé, Zé Carneiro, Burro Falante, Jaboti, Rabicó? E quem não morria de medo da Cuca Maluca? "Cuidado com a Cuca, que a Cuca te pega, te pega daqui, te pega de lá..." No fim, todos queríamos ser Narizinho e Pedrinho.


Música do dia:

Marmelada de banana
Bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
Boneca de pano é gente
Sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
Rios de prata piratas
Vôo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade Polichinelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)

(Gilberto Gil)




HASTA!

janeiro 22, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 8)

HOLA!



IABADABADABADU!!!!



Criança em casa é sinônimo de quê? D-E-S-E-N-H-O! E não é querendo puxar sardinha para o meu lado, mas não há desenhos melhores que os dos anos 80. Digimon, Pokemon, Garotas Superpoderosas, CDZ estão anos-luz de desenhos como Caverna do Dragão, Silverhawks, Thundercats etc. Até o hilário e psicodélico Bob Esponja tem maior cara de anos 80.




Corrida Maluca: Penélope Charmosa, Dick Vigarista e Mutley, Irmãos Cara-de-Pedra (ou irmãos Rocha), Professor Aéreo, Cupe Mal-Assombrado, Joca (ou Rufus) Lenhador e Dentinho, Olavo Obom (ou Peter Perfeito), a Quadrilha de Morte, O Barão Vermelho, um tanque de guerra com o Sargento Bombarda e Zelão, uma dupla caipira (Belarmino e Ursolino - um urso)... Quem ganhará?



Zillion: Três jovens que faziam parte da equipe White Knights, armados com as misteriosas pistolas Zillion, lutando contra os Norza.

Carangos e Motocas: Willie, um carro que somente se comunicava por som de buzinas, vivia sendo perseguido por uma turma de motos (Chapa, Avesso, Risada e Confuso). No final, quando o plano deles dava errado, a motinho menor - Confuso - ficava falando: "eu te disse, mas eu te disse...".

Tutubarão: nhac, nhac, aventuras no fundo do mar. A musiquinha de apresentação era tu-tu-tu-tu-tubarão, o peixão, que tem um enorme coração.

Frankstein Jr.: Um robô frankstein controlado por um menino chamado Buz. Os créditos inciais mostravam o Frankstein Jr. dando um nó num furacão...

Os Jetsons: Uma família na era espacial. George (pai), Jane (mãe), Elroy (o filho), Judy (a filha mais velha), Astor (o cachorro) e Rosie, a empregada robô que eu adorava. Lembro-de um episódio que eles tinham um robô mais moderno que ela e a solidão e desprezo que ela sentiu me tocaram tanto... Adoro a Rose!!

Super-Mouse: "Super-mouse, seu amigo, vai salvá-lo do perigo..."

Punky: baseado no seriado de TV, com um personagem a mais e que personagem: Gloomer (vozinha chaata!)

Os quatro fantásticos: heróis de hqs que foram trazidos pra TV. Reed Richards, O Senhor Fantástico, capaz de esticar seu corpo como borracha, os irmãos Johnny Storn, O Tocha Humana e Sue Storn Richards, A Mulher Invisível e Ben Grimm, o Coisa, sempre irritado com seu corpo de pedra.

Angel clone da Honey Honey. Ela dedicava sua vida na busca da flor das 7 cores. Também só lembro disso :P

A arca do Zé Colméia: vários personagens juntos da Hanna Barbera (Dom Pixote, Pepe Legal, Plic e Ploc, Peter Potamus, Leão da Montanha, Zé Colméia e seu braço direito Catatau, Bob Pai, Bob Filho etc) viajam juntos em uma arca voadora erguida por um balão e movida por um poderoso e cômico motor: Maguila, o Gorila, que corria sobre uma esteira atrás de bananas. O legal do desenho era seu conteúdo educativo, com mensagens ecológicas.Eles estavam viajando porque o parque Yellowstone estava sendo ameaçado pelo aumento descontrolado e irresponsável da civilização e da poluição ambiental e em virtude disso procuravam um novo lar. E os vilões que eles enfrentavam personificava alguns dos defeitos e vícios humanos mais comuns. Lembram da Iara-faz-sujeira ou do Gênio Insaciável ou do Sr. Sujo ou do Sheik do Egoísmo? Um desenho polticamente correto que vale a pena!

Os Flintstones: Esse é clássico. O dia-a-dia de duas famílias na era da pedra. Fredy, Wilma, Barnie, Betty, Pedrita, Bambam e o fiel Dino.




Galaxy Rangers: heróis e suas batalhas nas galáxias.

Maguila, o Gorila:vivia na loja de animais do Sr. Peebles que era doido pra se livrar dele, mas nunca conseguia. Já uma menininha era doida pra adotá-lo, mas seus pais não deixavam.

Smurfs:Esse é clássico também... LALALALALALALALALALA!!!... Papai Smurf, Papai Smurf, Smurfete, Joca, Fominha, Eugênio e Gargamel.

Jem: desenho já com uma temática mais juvenil. Milionária descobre uns brincos que a transforma em uma grande cantora e juntamente com suas amigas forma um grupo musical chamado Jem e as hologramas. Enquanto isso ela tem que guardar o segredo do seu namorado que começa a se apaixonar pela sua personagem e tenta escapar das armadilhas das invejosas Desajustadas que tentam arruinar sua carreira.

Turma da pesada: jovens bonitos, ricos, simpáticos e seu cotidiano na glamourosa Beverly Hills. Tinha o casal do bem Troy e Larke , a chata e mimada Diana e seu pobre chofé Wilshire, a menininha Jillian que queria crescer logo pra acompanhar a galera, o nerd Chester dentre outros.

Bob Pai (ou Bibo) e Bob Filho: pai e filho são cachorros, sendo que o pai era meio bobo e ídolo do filho. Achava meio chatinho!



Ewoks: Os bichinhos de Star Wars e de Caravana da Coragem aprenderam a falar inglês e são estrelas de seu próprio desenho. Aquela historiazinha bem à George Lucas: Sabio-Dá-Conselho-Aos-Jovens-Que-Desobedecem-E-São-Salvos-Pelo-Sábio-Que-Dá-Outro-Conselho e assim sucessivamente... (Vou levar porrada do Daniel :P)

Caverna do Dragão: meu top one, meu número um. Jovens entram em um mundo mágico por um portal em um brinquedo no parque de diversões. Seres mágicos, novos amigos e inimigos. Tiamat, Vingador, Demônio das Sombras, Uni, Mestre dos Magos, Hank (o arqueiro), Sheila(a ladra), Bobby (o bárbaro), Presto (o mago), Eric (o cavaleiro), Diana (a acrobata). Vingador, filho do Mestre dos Magos? E o boato que eles estavam no inferno? Não cola, né? Mas e aí? Será que voltaram ou não pra casa?

Os caça-fantasmas: o divertido filme se transforma em um desenho tão bacana quanto o original.

Meu querido pônei: aventura desses bichinhos tão gutchi gutchi!!

Space Ghost: uma espécie de Fantasma do espaço, com um casal de adolescentes ajudantes e mais um macaquinho.

Moranguinho: as bonequinhas mais cheirosas e fofas do universo infantil viram desenho.

Formiga atômica: "La vai a triônica... Formiga Atômica"

Cavalo de fogo: ""No meu sonho eu já vivi//um lindo conto infantil//tudo era magia//era um mundo fora do meu//e ao chegar desse sono, acordei.// Foi quando correndo eu vi//um cavalo de fogo ali//que tocou meu coração// quando me disse então//que um dia a rainha eu seria//se com a maldade pudesse acabar//no mundo dos sonhos pudesse chegar...". Sarah, Dorin, Diabolyn, Brutus, Sarana, Alvinar, Ellen, os espectros, Dweedle, pai de Sara...

Ursinhos Carinhosos: Papéis de carta, desenhos, brinquedos, eles estavam em todas.

Ursinhos Gummy: Uma família de ursinhos que bebiam o suco de frutas Gummy e saiam pulando em cima de todo mundo. Ótimo resumo :P

He-man: "Pelos poderes de Grayskull, eu tenho a força!!". Adam, Rei Randor, Rainha Marlena, Teela, Mentor, Feiticeira, Gorpo, Esqueleto, Maligna, Homem-Fera, Aquático ("BLLLLGGGGGG!!!"), Stratus, Mandíbula, Pacato, Gato Guerreiro...

Transformers: robôs do planeta Cybertron refugiados na Terra. Os bonzinhos, liderados por Lider Optimus, chamavam-se Autobots. Os malvados, liderados por Megatron, chamavam Decepticons. Mas em Transformers The Movie, os bonzinhos são destruídos e uma nova geração de Transformers surge.

Betty Boop: mesmo titia, ainda bate um bolão. A Marilyn Monroe das animações.

Defensores da Terra: No ano de 2015 a raça humana está prestes a cair sob o controle de MING, o Impiedoso. Um time de poderosos heróis unem suas forças pra lutar contra ele. Sendo todos criações de 1930, ele se compõem por Flash Gordon, o aventureiro do espaço; Fantasma, "o espírito que anda", diretamente das selvas da África; Mandrake ,o mágico e Lothar, seu forte assistente. Para reforçar a luta contra o mal, a chamada "segunda geração": Rick Gordon (filho de Flash), um gênio cientista; Jedda (filha de Fantasma) com poderes telecinéticos; Kshin (um garoto asiático adotado por Mandrake), expert em artes marciais e Lothar Jr. (ou L.J.).




Superamigos: Mulher Maravilha, Superman, Aquaman, Batman, Robin, Flash,Lanterna Verde, Tempestade, Chefe Apache, Cyborg, Falcão, Zan e Zandra e Glik: "Super-Gêmeos, ativar ! Forma de um pterodáctilo ! Forma de uma plataforma de gelo"."

Herculóides: uma família que vivia em outro planeta, junto com um gorila de pedra, um rinoceronte que atirava pedras de energia, um dragão e dois fantasmas que conseguiam assumir qualquer forma (Zandor, Thara, Dorno - o filho, Igor - o gorila de pedra, Gloop e Gleek - a dupla metamorfóide, Zork - o dragão - e Thundro - o rinoceronte que atirava pedras de energia).

Silverhawks: são uma espécie de homens pássaros cibernéticos, metade humanos e metade máquinas. O grupo mora numa base estrelar localizada no espaço sideral onde monitoram todo o cosmos em busca de criminosos e do seu maior inimigo "O Monstro Estrelar". O líder QuickSilver e seu companheiro, Falcão Biônico, o invencível satélite espião-interceptador; os gêmeos super durões, SteelHeart e SteelWill; BlueGrass, o incrível piloto tocador de guitarra, nos controles da nave Miragem; e do planeta das Minas, o CopperKid; seu comandante, Stargazer, dirige a equipe de seu quartel-general em órbita, o Ninho dos Falcões. Lembram os questionários no final de cada desenho?

Thundercats: "Thunder, thunder, thundercats, ohhhhh"... Lion, Chitara, Tiger, Lion, Pantro, Snarf, Willie Kity e Willie Kat. Juntos enfrentavam os mutantes liderados por Moon-Ra: "Espíritos do Mal, transformem esta forma decandente em Moon-Ra'!"

Peter Potamus e Tico Mico: viajavam no tempo em um balão, bastando o Peter Potamus dar um super-hiper-ultra-sopro, chamado de hipofuracão.

Tartagura Touché e Dumdum: a tartaruga Touché era espadachim e Dumdum era seu ajudante.

Snorkels: seres aquáticos comandados por All Star. Eram os smurfs do fundo do mar.

She-ra: "Pela honra de Grayskull, eu sou She-ra". Irmã do He-man que mora em outro planeta. Também tem seus próprios amigos e inimigos e às vezes o He-man ia ajudá-la. Adora, Geninho, Hordack, Espírito, Ventania, Corujito, Arqueiro.... Será que o Wally imitou o Geninho?



O Homem Aranha tinha uma aventura solo e também formava um trio com o Homem de Gelo e a Estrela de Fogo.




Jayce e a Liga Relâmpago: um grupo de pessoas que tinham como objetivo encontrar o pai de Jayce. Jayce era um jovem que tinha um anel com poderes mágicos e que enfrentava um monstro verde com uma cabeça que mais parecia um repolho gigante e que, com suas sementes, criava criaturas, uma espécie de plantas carnívoras com rodas.


Ligeirinho: o ratinho mexicano mais rápido do mundo. "Andale, Andale... Arriba!!!"


Lippy, the Lion & Hardy: um leão com chapéu velho e um hiena que nunca ria. A hiena sempre repetia: "Oh vida, oh céus, oh azar".


Os apuros de Penélope Charmosa: carreira solo da Penélope Charmosa. Ela era perseguida por Tiao Gavião (que era seu tutor) e seus ajudantes, os irmãos Bacalhau. Por outro lado, era ajudada pela Quadrilha da Morte, sete mafiosos chefiados por Clyde e que andavam num calhambeque chamado Chugabom.


Jonny Quest: um cientista (Benton Quest), seu filho Johnny, Roger "Race" Banon, o indiano Hadji e Bandit enfrentavam os piores monstros. Vale destacar que o desenho fazia uma sutil referência à Guerra Fria e à ameaça comunista.


Muppet babies: os muppets quando eram pequenos. Urso Fozzy, que sempre contava piadas sem graça; Gonzo, um bicho narigudo azul; Caco, um sapo; Pig, uma porquinha charmosa; Animal, o menor que vivia comendo as coisas.


Esquadrilha Abutre: grupo de aviadores que tentavam caçar um pombo-mensageiro com aviões especiais. Tinha o Dick Vigarista, o Mutley (foto acima) - um cachorro com a risada mais inimitável dos desenhos, Clonk - um gênio que nunca conseguia se expressar e Silly - um medroso que sempre gaguejava. Aliás, falando do Mutley ("medalha, medalha, medalha"), tinha sempre um quadro em que o Mutley estava sonhando e o Dick Vigarista tentava acordá-lo e terminava com o Mutley rindo. Era o máximo!


Lula Lelé: mostrava as confusões de uma lula que trabalha em um parque aquático, mas que sonhava em fugir pra se tornar uma estrela de Hollywood.


Shazzam: gênio ajuda adolescentes a tentar achar o caminho de volta ao lar. Eles tinham que invocá-lo sempre juntando dois anéis. Voavam no Kabup, um camelo voador!




Sansão e Golias: Jovem que viaja em uma moto com seu inseparável cachorro e que, quando entra em apuros, junta seus braceletes mágicos e grita: "Pela força de Sansão", transformando-se no lendário Sansão e seu cachorro, no leão Golias que solta raios pelos olhos.


Nossa turma: "The get along gang, get along gang// each one so special in his own way// Montgomery is the leader and he`s such a good sport!// The get along gang, get along gang... //Get up with the get along gang// come on, their adventures don`t end// get up with the get along gang //Ahh-ahh-ahh-ahh-ahh-ahh-ahh"

Aquaman: super-herói que vive no oceano com poderes telepáticos. Tinha um ajudante mais jovem e andavam sempre montados em cavalos-marinhos.

Batman & Robin: aventuras do homem morcego e do garoto prodígio.

Bicudo, o lobisomem: um cara medroso que se transforma num lobisomem quando vê o desenho da lua.

Dinamite, o bionicão: aventuras de um cão robô atrapalhado e do seu parceiro Trovão Azul. Juntos ajudam o prefeito de Cidadópolis na luta contra o crime. Têm até um Falcomóvel.

Os brasinhas no espaço: um grupo de crianças (os brasinhas) que são perseguidos pelo malvado Capitão Gancho que quer tomar o mapa de tesouro que está nas mãos dos brasinhas.

Coelho Ricochete: "Bing bing biiing... coelho Richocete". O xerife mais rápido do velho oeste, juntamente com seu fiel escudeiro Blau-Blau, enfrenta os bandidos sempre revelando surpresas dentro das balas que saem da sua pistola.

Capitão Caverna: "Capitãããããããoooooo Caveeeeeeeeeeeeeernaaaaaa". Da sua clava saía várias bugigangas.


Fantasminha legal: fantasma americano do século 18 (Jonas), que vivia com roupas antigas de guerra, que morria de medo das coisas e andava junto com um bando de detetives adolescentes. Tinha tambem um gato fantasma (Boo) que sempre atazanava a vida do cachorro do grupo (Elmo).



Frajola e Piu Piu: "Acho que vi um gatinho..."

Picapau: "Tereterererererere..."

Wally Gator: jacaré que vivia tentando fugir do zoológico. O Sr. Twiddle quase nunca deixava!

Pepe Legal e Babalu: Pepe Legal é um cavalo que enfrenta inimigos em uma cidade do velho oeste. Conta com a ajuda do burrico Babalu que tinha um sotaque meio mexicano: "Ei, Pepe Legalll". Lembram da sua identidade secreta El Cabong? O heroí justiceiro que usava seu violão pra dar um "kabong" nos bandidos.

Papa-léguas: "bip, bip..." O Coiote, coitado, só vivia caindo dos precipícios.

A guerra das galáxias: eu amava esse desenho! "No ano de 1999 uma enorme nave alienígena cai na Terra. Prenúncio de uma provável invasão. Com esse receio, os cientistas do planeta começam a investigar a nave e se apropriar de sua tecnologia, o que resultará nos caças Valkyrie, capazes de se transformar em robôs, e no cargueiro espacial SDF-1 Macross, que possui a mesma capacidade. Dez anos depois, a Terra está sob o ataque da raça alienígena Zentraedi que veio ao nosso planeta em busca da nave perdida. Muito maiores que os habitantes da terra, os Zentraedis parecem não desenvolver o uso das emoções, nem relações afetivas, especialmente as amorosas, o que os deixa chocados diante dos humanos.


Por um acidente durante um ataque, o SDF-1 Macross e uma cidade próxima são transportados para os confins do sistema solar. Agora, eles tentam se adaptar aos conflitos entre as populações civil e militar da nave, ao mesmo tempo em que tentam voltar para casa e derrotar os alienígenas em seu caminho.


Contudo, o foco principal da história não é exatamente as batalhas espaciais, mas sim as relações estabelecidas entre as personagens, em especial no triângulo amoroso vivido pelo piloto Rick Hunter/Hikaru Hishizo, a cantora Lynn Minmei e a primeira oficial da nave, Lisa Hayes/Misa Hayase. Tanto Rick quanto Lisa se tornam soldados por influências de membros de suas famílias. Ela inspirada por seu pai, um famoso comandante, e ele por seu irmão mais velho Roy Fokker, um dos melhores pilotos da frota, que infelizmente morre quase que no começo da série.

Outras personagens importantes são o Capitão Henry Gloval, que comanda a SDF-1 Macross, o piloto Maximillian Genius e sua esposa Millia. Millia era na realidade uma Zentraedi, que foi reduzida ao tamanho humano para espionar a nave, acaba se apaixonando por Max e se casando com ele.


No fim de tudo, apesar de todas as guerras e batalhas, o que faz com que a guerra acabe é o poder do amor, mais claramente uma canção de Minmei que, ouvida pelos Zentraedi, desperta neles sentimentos e emoções que os alienígenas acreditavam não mais existir. "

A pantera cor-de-rosa: "pa-ra-pa-ra-pa-ra-pa-ra-pa-ra-pa-ra-pa-ra-pa-ra-ra-ra-ra..."

Turma do Manda Chuva: Eles azucrinavam a vida do guarda Belo... Manda Chuva e sua turma: Espeto, Chuchu, Gênio, Batatinha, Bacana, Esperto etc.

Goober e os caçadores de fantasmas: lembra o formato de Scooby-Doo, no qual jovens que trabalham em uma revista têm um cão que quando fica assustado torna-se invisível.


Scooby Doo: Fred, Daphne, Welma, Salsicha e Scooby-dooby-dooooooo! Eu detestava o Scooby-Loo.


Olho Vivo e Faro Fino: gato e rato detetives muito hilários.

Vale destacar também: Os Impossíveis, Família Buscapé, Tom & Jerry, Pernalonga, Chilly Willy (aquele pinguim fofinho), Batfino, Snoopy, Mr. Magoo, Capitão América, Thor, Homem de ferro, Namor, Josie e as gatinhas, Jambo e Ruivão, Urso do cabelo duro, João Grandão, Bacamarte e Chumbinho, As aventuras de Gulliver, Dartagnan e os Três Mosqueteiros, Garfield, Gasparzinho, Meu querido pônei, Popeye, O Polegar, Patolino, Riquinho, Tartarugas Ninjas, Hulk, Tico & Teco, Ducktales, Turma da Mônica, Ursinho Puff, etc



\O/\O/\O/ UFA \O/\O/\O/!!!!


HASTA!!

janeiro 20, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 7)

HOLA!


Ler sempre foi um dos meus hobbies favoritos. Mas eu tenho que agradecer esse gosto pela leitura aos livros da Coleção Vaga-Lumes, eles que me levaram a buscar cada vez mais e mais bons livros.



Vivi Pimenta era minha heroína na infância, sempre metida em aventuras, uma diversão despretensiosa. Do mesmo autor da série Vivi Pimenta, surge esse livro que li aos 10 anos - Um girassol na janela- o primeiro livro com uma temática mais adulta que li.

Segundo sua sinopse "Vivinha é a luz da vida, e o seu girassol Helianto reflete sua satisfação de viver, sua fé no amor. Vivinha desmonta a sisudez de uma mansão e descobre como abrir as janelas para deixar entrar o vento da alegria e do amor. (Divulgação Moderna)". O que me lembro, já que li esse livro nos longínquos 1987, é que essa menina é levada pra casa do pai que é um homem infeliz e frio e mostra a relação deles e como ela consegue conquistar esse pai. Sei que o final surpreende por uma revelação que não vou contar. Um belo livro!

Qual criança nunca leu a história do príncipe e sua rosa e seus companheiros no deserto? É até clichê falar desse clássico infantil de Saint-Exupéry, mas ele emociona sem ser piegas. Em uma época que as crianças só pensam em jogar na net e os livros ficam empoeirados nos armários, O Pequeno Príncipe é uma leitura obrigatória.

Nunca fui fã de Poliana nem desses livros chinfrins que vendem nas bancas de revistas, mas que era moda toda garota ler, isso era! Mas se procuram um livro romântico sem ser piegas, leiam A marca de uma lágrima. Lembro de cada detalhe... Isabel olhando para seu maior inimigo, o espelho... Sua paixão pelo primo Cristiano que ama sua amiga Rosana... Poemas e inversão de papéis... Beijo misterioso e a correntinha... Crime no colégio... Perseguição e descobertas... Baseado em Cyrano de Bergerac, um livro atemporal e sensível pra quem está começando o hábito da leitura.

Outro livro marcante na minha infância foi as Aventuras de Marco Pólo. Daí parti para os livros da coleção Vaga-Lumes, dos quais eu destaco os que foram escritos pelo autor Marcos Rey: Mistério dos 5 estrelas, o sensível Sozinha no mundo, dentre outros. Outra leituras obrigatórias da coleção são: O Feijão e o sonho, Escaravelho do diabo e Éramos seis que até virou novela.



E quantas vezes eu chorei quando eu li Meu pé de laranja lima? Um livro inesquecível. Quando eu estava na 6ª série, com meus 12 ou 13 anos, conheci Shakespeare e seus livros maravilhosos. Tornei-me tão fã de carteirinha que até o final do mesmo ano já tinha lido a maioria de suas obras mais famosas. Também tenho que destacar A moreninha de Joaquim Manuel de Macedo que foi o primeiro livro de Romantismo ou de qualquer outra escola literária da língua portuguesa que li. Depois veio Senhora, O alienista (o meu "top 1" Machado de Assis), Memórias de um sargento de milícias etc.

Quem disse que revistinha de quadrinhos é coisa de criança? Hoje em dia deixei de lado as Luluzinhas, Turma da Mônica (amava!), personagens da Disney e me deparei com hqs tão boas ou melhores que muitos livros cultuados. O que falar de O cavaleiro das trevas e A queda de Murdock do genial Frank Miller? Seria redundante dizer como são tão reais, tão densos, tão tão... tão maravilhosos! E agradeço ao Messias e ao Guilherme que me trouxeram de volta a esse universo tão fantástico: X-men, Homem-Aranha (meu favorito!), Batman, Demolidor, Hulk e outros heróis que só via nos desenhos animados.

Em 1982, o grande Alan Moore criou V de vingança, uma hq onde os heróis eram de carne e osso ou mesmo anti-heróis, sem grandes poderes. Na Inglaterra controlada por um regime tirânico, um anarquista que se auto-denomina de V se rebela contra esse ambiente opressivo e se torna a única esperança do povo. O mesmo Alan Moore em 1986 criou o excepcional Watchmen que nos pergunta como seria o mundo se houvesse super-heróis e se eles não tivessem super poderes e sim usassem a inteligência e a austúcia para se livrarem dos bandidos? Eis que surge o Dr. Manhattan, o único que possui grandes poderes. Moore, através desses quadrinhos, analisa e desmonta todas as convenções do gênero. Genial!

É nos 80 que surge uma anti-heroína que fez e faz muito marmanjo babar: Elektra. E aqui no Brasil a Turma da Mônica consolida sua popularidade.










Alguém se lembra das revistas que vendiam bastante nos anos 80? VEJA, sempre VEJA, gostem ou não, é a revista mais popular do país. Eu cresci lendo essa revista e a acho muito melhor que sua concorrente ISTO É. Na verdade, uma grande concorrente da VEJA na década antepassada era a extinta Manchete. E as revistas MAD? Eram ótimas, cada matéria melhor que a outra. As capas eram hilárias!







A Capricho era mais forte do que nunca entre o público adolescente (meninas, ok?) e tinha concorrentes de peso como Querida e Carícia. E eu era viciada na revista BIZZ e começava o vício em uma certa revista SET.



Revista Nova, revista Cláudia, quase nada mudou entre o público feminino. Dentre as revistas de fofoca tinha além da Contigo, a extinta Amiga. E eu adorava as revistas CASA CLÁUDIA, picotava várias fotos e montava minha casa, para desespero da minha mãe :P. Já meu pai era vidrado na Quatro Rodas, que eu nunca achei graça :P. Homens!!! Só pensam em mulher ou em carro... Tão previsíveis!!!


Música do dia:

Essa música de 1987 da banda Desireless é uma das poucas músicas de língua não-inglesa que fez sucesso e MUITO nos 80.


Au-dessus des vieux volcans
Gliss' tes ailes sous le tapis du vent
Voyage Voyage
Éternellement
De nuages en marécages
De vent d'Espagne en pluie d'équateur
Voyage voyage
Vol dans les hauteurs
Au-d'ssus des capitales
Des idées fatales
Regarde l'océan

Voyage voyage
Plus loin que nuit et le jour {voyage voyage}
Voyage {voyage}
Dans l'espace inouï de l'amour
Voyage voyage
Sur l'eau sacrée d'un fleuve indien {voyage voyage}
Voyage {voyage}
Et jamais ne reviens

Sur le Gange ou l'Amazone
Chez les blacks chez les sikhs chez les jaunes
Voyage voyage
Dans tout le royaume
Sur les dunes du Sahara
Des îles Fidji au Fuji-Yama
Voyage voyage
Ne t'arrêtes pas
Au-d'ssus des barbelés
Des coeurs bombardés
Regarde l'océan

Voyage voyage
Plus loin que nuit et le jour {voyage voyage}
Voyage {voyage}
Dans l'espace inouï de l'amour
Voyage voyage
Sur l'eau sacrée d'un fleuve indien {voyage voyage}
Voyage {voyage}
Et jamais ne reviens

Au-d'ssus des capitales
Des idées fatales
Regarde l'océan
Voyage voyage
Plus loin que nuit et le jour {voyage voyage}
Voyage {voyage}
Dans l'espace inouï de l'amour
Voyage voyage
Sur l'eau sacrée d'un fleuve indien {voyage voyage}
Voyage {voyage}
Et jamais ne reviens






HASTA!

janeiro 18, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 6)


HOLA!


Colégio do Salvador: entra burro e sai doutor.





Esse era o lema não oficial do meu colégio. Estudei lá dos 03 aos 18 anos. Uma vida! Colégio dos mais tradicionais do estado de Sergipe, com quase 70 anos de existência, altamente conservador, católico e rígido. Para quem entrava desde pequenininho, ainda tomando "gogó" e deixando as fraldas de lado, você até daria gargalhadas de certas situações inusitadas do colégio, mas se entrasse mais velho, a adaptação era um processo bastante lento. Vi vários colegas novos saírem após um ano em nosso convívio.

Na verdade, o lema oficial do colégio poderia ser visto nas paredes logo no corredor de entrada. "A criança de hoje será o adulto do amanhã". Mais clichê impossível! Tinha outro também e que até hoje é mantido: "Colégio do Salvador - Uma vida de fé e amor à educação".

Do jeito que sou tímida, fico imaginando como deve ter sido uma garotinha de 04 anos que entra pela primeira vez em um território desconhecido. O que me esperava? Acho que eu devo ter sido levada por minha mãe, todas as mães fazem isso.

Toda escola tem seu causos, suas histórias folclóricas, seus temores e seus amores. Quem não tinha medo da Irmã Zilda nas aulas de religião? E a cantina do colégio que era administrada por ela? Você tinha duas opções: ou um sanduíche com um simples queijo ou aquele cachorro-quente altamente nojento. Boatos diziam que já foram encontrados restos de baratas e lagartixa neles. Que delícia, não?

Cabelos arrumados, cadernos forrados e sem dobras, uniformes limpos e impecáveis, pontualidade britância são algumas das várias regras. Um minutinho atrasado, já era!! E se esquecesse algum livro, caderno, prepara-se: castigo. Que castigo? Geralmente era fazer os verbos ser, ter, haver, estar e se o "crime" cometido fosse maior, eram incuídos os verbos ir e pôr. Tinha um colega que era um ás em verbo e hoje em dia é advogado e até agradece a D. Mariá (nossa estimada diretora) por tantos verbos feitos. Acho que eu só fiz verbo por castigo uma única vez, quando fui pega conversando na sala. Conversa na sala? Você poderia até conversar, trocar bilhetinhos, mas D. Mariá passeava por todos os corredores do colégio e nos inspecionava enquanto corrigia os cadernos e se ela o pegasse, eu tenho pena de você. Até hoje lembro com detalhes das suas broncas antológicas. Não sei como ela conseguia inspecionar enquanto corrigia os exercícios de Português. Calma, vou explicar! Além de ser diretora da escola, ela era professora-chefe da 4ª série e ensinava regras gramaticais e Redação para o 3º ano colegial ou científico, como eu chamava.

Apesar de tudo, eu sinto uma grande saudade do colégio. Podem até dizer que o colégio inibia o aluno, que saem todos papagaios que só sabem decorar, entretanto se tenho um pouco de organização e disciplina, devo ao colégio. Lembro-me de que a gente tinha que se levantar quando o professor chegava na sala. Todavia com o decorrer dos meses, tentávamos enrolar, mas se D. Mariá nos pegasse, como já tinha feito algumas vezes, melhor nem lembrar... Certa vez um colega de sala iria levar suspensão, mas ela repentinamente mudou de opinião e disse que ele iria vir todas as manhãs de castigo porque a Xuxa dele era ela. H-I-L-Á-R-I-O!! (Só pra entenderem melhor: no ginásio e no científico estudávamos apenas pela tarde, enquanto os alunos do pré e da 1ª a 4ª série (atual ensino fundamental) estudavam somente pela manhã). Admito que as broncas gerais pra turma eram muito engraçadas, apesar da seriedade que ela colocava no seu tom de voz. Não esqueço quando tirei meu caderno do lixo porque coloquei na sua mesa antes da hora.

Toda primeira sexta-feira do mês tinha missa. Se você não fosse católico, tinha o direito de ficar na sala estudando (que bom, né?). Namorar? Impossível. Nem podia ficar um garoto com uma garota sozinhos, tinha que ter a terceira pessoa. E sair com a farda (ou uniforme) pra lanchar nos arredores do colégio? Proibido! Lembro que levava uma blusa pra poder comprar batata-frita numa banquinha nas proximidades da escola. Putz, que saudade dessa batata-frita, era divina! Até passear pelo shopping de farda com meus pais me metia medo. Muita gente foi pega e se ferrou. Sempre diziam: "Não vão falar que vocês são filhos de fulano, vão dizer que vocês são alunos do Colégio do Salvador".

E a inspeção mensal do material escolar? Tudo tinha que estar em ordem e até a calça jeans não poderia nem estar um pouquinho desbotada. Tínhamos 10 minutos de reza todo santo dia e nos enfileirávamos em ordem de tamanho. E no final braços estendidos e muitas vozes cantarolavam o Hino Nacional.

Sou da época de matérias como E.M.C. (Educação, Moral e Cívica) e O.S.P.B. (Organização social e política do Brasil). Alguém sente falta? Sei o hino nacional de cor já que toda prova de E.M.C. mandavam a gente escrever o hino todinho.

O que falar daquelas saias xadrez do ensino fundamental? E o short azul-marinho com aquelas listras vermelha e branca nas laterais que usávamos nas aulas de Educação Física? Ninguém merecia!



Em épocas sem internet, tínhamos que fazer buscas e mais buscas na Enciclopédia Barsa, e em vez de digitarmos trabalhos no word, usávamos máquinas datilográficas ou mesmo escrevíamos com o próprio punho naqueles papéis pautados. Lembram da bic amarela com bico azul? E da caneta kilométrica? E a Pilot? E os lápis com a tabuada impressa que a professora não deixava usar no dia da prova? No meu colégio era permanentemente proibido, só usávamos às escondidas. Lembram-se da caneta Replay que vinha com uma borracha que "apagava" a tinta. Quem também dizia que apagava, mas que na verdade borrava, era a parte azul daquela borracha metade vermelha metade azul da Faber Castell. E as canetas de 10 cores? O caderno ficava todo colorido! Por falar em caderno, início de ano escolar é uma delícia. Eu adorava ver minha mãe forrando os cadernos e aquele cheirinho de coisa nova. Alguém lembra dos cadernos Companheiro? E posteriormente o Caderflex? Depois chegou a era dos cadernos com capa dura. Não só a era dos cadernos capa dura, mas como os lápis grafite foram sendo trocados pela lapiseira Poly. E as canetinhas? Pena que duravam pouco assim como os marcadores de texto.

Lembram que a Faber Castell vendia um estojo verde e pesado de madeira que já vinha com caneta, lápis, lapiseira, lápis de cor, borracha e uma régua com vários círculos? E vocês ainda sabem o que é um esquadro, um transferidor ou um compasso? E a nossa caderneta escolar que não podíamos esquecer de jeito nenhum?

Lembram o modismo das borrachas perfumadas? Tinha várias e não usava de jeito nenhum. E aqueles estojos cheios de botões que abriam vários compartimentos, lembram? E a moda das mochilas Cantão e principalmente da mochila Company? Moda ou não, adorava a mochila da Company porque era bem resistente. E as merendeiras? Adorava comprá-las, mas enjoava no decorrer do ano. Não aguentava aquele cheiro de suco que impregnava a estante onde ela ficava e também lanchar no colégio, levar dinheiro e comprar na cantina era sinônimo de "maturidade".

Voltando ao meu colégio, o tempo ou fatos fizeram com que mudassem certas atitudes. Uma fofoca básica: depois que a neta da diretora ficou grávida aos 15 anos, já não poderia mais "pedir educadamente" que as meninas em estado especial se retirassem do colégio. E depois desse episódio não é que até a lanchonete melhorou, aumentou a variedade e a qualidade. Milagres realmente acontecem!

Já faz dois anos que minha escola fechou as antigas portas do prédio em frente ao Rio Sergipe e abriu novas instalações próximo ao Shopping Jardins. e não é que já até entrou na era da internet? Ao ler o site do colégio, percebi que agora eles têm até professores de música e de artes. Quem diria! Muito interessante ver um colégio tão tradicional abrindo horizontes. E pelo que notei, ao ler sua home page, D. Mariá não mais ensina a 4ª série, entretanto do jeito que a conheço, duvido que tenha se aposentado completamente.

Faz tempo que não a vejo... Já deve estar com mais 80 anos e não querendo colocar nenhum "agouro", penso que no dia que ela se for, vou chorar horrores, já que é uma das pessoas que mais me marcaram na vida, ainda que seja em um pesadelo noturno. Mas lá no fundo eu sei que sou uma grande fã dela. Ambíguo, não? Uma grande mulher, guerreira, exigente, exímia professora e educadora. Errava sim com sua maneira arcaica de agir, contudo sempre com boas intenções. Sempre serei filha de Mariá.

Faz 10 anos que saí do mundo escolar, mas nunca mais encontrei amizade como aquelas, amores impossíveis como naquela época e nunca me diverti tanto e chorei quase tão quanto naquelas festas americanas. Reencontrei no orkut uma amigona que me acompanhou do maternal até o último ano escolar e foi muitíssimo legal. Ela há 10 anos mora em Londres e agora estamos trocando e-mails. Sou da opinião que amigo que não é aquele que você vê toda hora, que você fala toda hora, mas é aquele que ouve sua voz e sabe se você está bem ou não, que transforma um encontro ao acaso em um bate-papo maravilhoso. É como se não houvesse tempo, distância... Poucos minutos trazem a cumplicidade aparentemente perdida. O que seria de nós sem eles né? Acho que deveria ter guardado aquelas camisas com o nome de todo mundo que assinávamos no final do ano...



HASTA!


janeiro 17, 2005

SAUDADE DOS 80 (parte 5)


HOLA!



SHOW ME THE MONEY, SHOW ME THE MONEY!!



Tem coisa pior que ver filme pela TV? Dublado, com comerciais, um saco! E hoje em dia são tão raros comerciais bacanas que o martírio se torna muito maior. Inclusive a propaganda através de cartazes não tem mais o mesmo impacto.

Alguém se lembra desses?

Bonita camisa, Fernandinho!




























Acho que essas eram as mais famosas, sem dúvida devem ter outras. Gostava da garotinha da Claybom (ao contrário do Dogg:P) e da maioria das propagandas que envolviam brinquedos ou comidas (criança, né?).

Na TV, é impossível não conhecer o gordinho da Bamerindus, O Sebastian da C&A, o carinha do Bombril,os sacis da caderneta de poupança do extinto Banco Econômico , o homenzinho azul que sempre mostrava o bumbum nos comerciais e nas embalagens dos contonetes da Johnson & Johnson e o Fernandinho da USTOP que é clááássico. No Natal o Bamerindus (e hoje o HSBC) enfeitava completamente o Palácio Avenida em Curitiba e sempre na véspera do Natal, um coral de crianças cantava em cada janelinha e nos encantava. Lembram do slogan do comercial? "Acreditem em seus sonhos. Acredite em você." E a hipnose o(a) pegou também? "Compre batom, compre batom, seu filho merece batom".

Lembram-se do Denorex? "Parece remédio, mas não é". E os shampoos Colorama? "Minha voz continua a mesma, mas meus cabelos..."

E as musiquinhas? "Vem pra caixa você também, vem"; E o jingle de Natal do Banco Nacional? "Quero ver você não chorar// não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz//Quero ver o amor vencer //mas se a dor nascer, você resistir e sorrir //Se você pode ser assim //tão enorme assim eu vou crer //Que o Natal existe, que ninguém é triste// que no mundo há sempre amor //Bom Natal um feliz Natal //muito amor e paz pra Você //pra você.".

E a canção Aquarela de Toquinho ("Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo, e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo...") sendo tocada enquanto os desenhos eram formados no comercial da Faber Castell ? Lindo comercial, tão belo quanto a música O Caderno do Chico Buarque.

O Banco Bamerindus é um dos campeões dos comerciais. Lembram dessa? "O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa, é poupança Bamerindus".

E a do Cremogema? "Crem, cremo, cremo, Cremogema //É a coisa mais gostosa desse mundo //Eu esqueço minha boneca//Eu esqueço a minha bola//Quando tomo tomo tomo tomo tomo tomo tomo tomo //Crem, cremo, cremo, Cremogema// Tem um gosto que a gente gosta muito // A mamãe quer sempre o melhor pra gente // Crem, cremo, cremo, Cremoge-ma".

E a canção no comercial do Danoninho? Carinhoso, do Pixinguinha:

"Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim."


Antes do Sebastian ser o garoto propaganda da C&A, um comercial marcante da loja em 1988 tinha o hit California dreamin' do The Mamas & The Papas na voz rouca e cool da Rosa Maria enquanto passava várias imagens de pessoas de todas as idades, casal se abraçando na chuva, duas crianças sentadas na escada olhando uma garota que subia a mesma. O sucesso foi tão grande que até LP com a música foi feito.

O jingle do Guaraná Antárctica fez tanto sucesso que foi reprisado anos depois: "Pipoca na panela, começa a arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá...". E as músicas alto astral dos comerciais dos cigarros Hollywood juntamente com paisagens belíssimas, jovens bonitos, dava até vontade de fumar.

E o comercial do primeiro sutiã da Valisére que alçou ao sucesso a modelo e futura atriz Patrícia Lucchesi. Lembram?



Jogue a primeira pedra, quem nunca foi induzido por um comercial, por uma propaganda. This is the business, baby!!

Música do dia:

Não sei se vocês sabem que o antológico Fernandinho era interpretado pelo Dany Roland, baterista da banda Metrô. Homenageando-o, um pouquinho de Metrô pra vocês.

Nada ultrapassa a velocidade do amor
Venha de onde vier, seja como for
Subitamente o tempo parece parar
Nada acontece distante do teu olhar
E eu aqui sozinha esperando você chegar
Enquanto o digital do relógio parece avisar:
Que no balanço das horas tudo pode mudar
Que no balanço das horas tudo pode mudar

Eu acho que ele não vem!
Não! não! não! não!
Ele não vem não!
Não! não! não! não!
Ou será que virá?!

Volto para casa fazendo trapaças pra dor
Seja o que Deus quiser, seja o que for
Me ligo na televisão pro tempo passar
Mas todos os anúncios afirmam que é bom amar...

E dentro do meu peito não tem jeito bate paixão
São dez pra ficar louca, daqui à pouco eu posso pirar...

E no balanço das horas tudo pode mudar
E no balanço das horas tudo pode mudar

Eu acho que ele não vem!
Não! não! não! não!
Ele não vem não!
Não! não! não! não!
Mas será que virá?!
Será????



HASTA!